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Por Redação do ge — Rio de Janeiro


Por quanto tempo dura a paixão pelo automobilismo? Para alguns, como o bicampeão Fernando Alonso, a F1 é um amor longevo, que se estende até depois dos 40 anos de idade. Mas nem todos os casos são assim - e Christian Horner, chefe da RBR, crê que Max Verstappen é um exemplo de piloto que não terá carreira muito extensa no esporte a motor.

Rafael Lopes e Luciano Burti analisam o GP do Azerbaijão

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- Max é seu próprio homem e é muito, muito forte em suas opiniões e no panorama do que quer fazer na vida. Não o vejo sendo um Fernando Alonso ainda correndo aos 41, 42 anos, ou talvez não na Fórmula 1. Mas correr é seu amor e sua paixão, e se ele não está correndo na pista no momento, está correndo no mundo virtual - disse à Sky Sports.

Piloto da equipe de energéticos desde 2016, Verstappen tem contrato com a RBR até 2028, o maior vínculo dentre os 20 pilotos do atual grid da F1. Ao término do acordo com a pentacampeã de construtores, o holandês terá 31 anos.

Max Verstappen conversa com o chefe Christian Horner durante os testes da Fórmula 1 no Bahrein — Foto: Mark Thompson/Getty Images

Em 2015, Max Verstappen estreou pela STR - atual AlphaTauri - aos 17 anos, tornando-se o mais jovem da história a correr na F1. Em resposta à precocidade do jovem talento, a FIA instaurou regra que proíbe menores de idade na elite do automobilismo desde 2016.

- Ele está dirigindo carros GT por diversão, e a paixão dele é dirigir e correr. Enquanto isso queimar, ele vai seguir. Mas por quanto tempo vai queimar? É a jornada de cada indivíduo, e eles têm que descobrir por conta própria - acrescentou Horner.

O chefe da RBR destaca, ainda, o crescente número de corridas no calendário da Fórmula 1. Em 2023, a categoria terá a maior temporada da história, com 23 etapas - número que seria ainda maior, não fosse o cancelamento do GP da China.

Max Verstappen comemora a vitória no GP da Austrália, no Albert Park, em Melbourne — Foto: Mark Thompson/Getty Images

- Correr em 23 GPs é um cronograma brutal e difícil. É difícil para os pilotos, mas ainda mais complicado para os mecânicos, que viajam no início da semana e voltam na segunda-feira seguinte após uma corrida. É um cronograma brutal, que cobra seu preço em um certo ponto - finalizou.

A adição de novos elementos à F1, como as corridas classificatórias, também é um fator de peso para Verstappen. Crítico declarado do modelo, instaurado em 2021, o holandês já expôs o descontentamento com o inchaço do cronograma na elite.

- Estamos indo em direção a temporadas com 24, 25 corridas. Se começarmos a acrescentar ainda mais coisas (corridas sprint), não vale a pena para mim, de qualquer forma. Não estou curtindo - declarou Max.

Após pausa forçada de três semanas, a F1 2023 retorna neste domingo com o GP do Azerbaijão, quarta etapa da temporada. Veja dias e horários das corridas aqui.

GP do Azerbaijão da F1 2023 - infos e horários — Foto: Infoesporte

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