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Por Redação ge — Rio de Janeiro


A temporada 2022 da F1 já terminou, mas a recepção das esperadas férias dividem espaço com a expectativa pelo próximo ano. Em 2023, a categoria terá o calendário mais longo da história com 24 corridas e fará seu segundo campeonato sob o novo regulamento técnico dos carros, depois de um ano dominado pelo RB18 da RBR. Mas o atual bicampeão, Max Verstappen, espera por desafios.

- Será mais acirrado. Todos estão entendendo mais os carros e, com o tempo, as equipes estarão muito mais próximas. Sabemos que ao longo do inverno teremos que continuar nos esforçando e buscando performance, e não só isso, mas entender ainda mais os pneus, porque eles mudarão muito ano que vem - avaliou.

Max Verstappen no grid do GP de Abu Dhabi, que encerrou temporada 2022 da F1 — Foto: Kamran JEBREILI / POOL / AFP

A RBR conquistou o pentacampeonato de construtores neste ano, de forma antecipada, no GP dos EUA - restando três corridas para o fim da temporada. O RB18 começou o ano com problemas de confiabilidade, sofrendo até mesmo um abandono duplo na etapa de abertura.

Porém, os problemas foram solucionados e o carro logo deixou para trás o F1-75, monoposto da Ferrari de 2022. Aliando-se à ótima fase de Verstappen, que já defendia o título após ser campeão em 2021, a vantagem foi tanta que a RBR fechou 2022 com 759 pontos, segunda maior pontuação desde que a F1 adotou o atual sistema de placar, em 2010.

O somatório só não superou o dominante ano de 2016 da Mercedes, quando a equipe alemã anotou 765 pontos levando o campeonato de construtores, de pilotos (com Nico Rosberg) e o vice, com Lewis Hamilton. Diferentemente, a RBR não conseguiu ter Sergio Pérez na vice-liderança do Mundial, que ficou com Charles Leclerc.

Max Verstappen guia RB18, carro da RBR, diante da torcida holandesa no GP da Holanda — Foto: Clive Mason/Getty Images

Com a introdução de um novo regulamento, espera-se que nos anos subsequentes a distância da melhor equipe para o restante do grid diminua - como foi com a Mercedes em 2014, introdução dos motores híbridos, até 2021, quando a RBR surgiu como força equivalente na briga pelo título.

Além disso, 2023 ainda terá o fator de um novo tipo de pneu. Os compostos, que ganharão uma nova gama mais dura, chamada de C0, já haviam sido atualizados na última temporada, passando de 13 para 18 polegadas.

Charles Leclerc com o troféu do segundo lugar do GP de Abu Dhabi, no Circuito da Yas Marina; monegasco foi vice-campeão de 2022 — Foto: Callo Albanese/Scuderia Ferrari

Outra questão importante para 2023 é a ampliação do campeonato em nível recorde: beirando o limite estabelecido pelo Pacto da Concórdia, o próximo calendário terá 24 corridas, prometendo ser um desafio para os 20 pilotos e as dez equipes do grid. Verstappen, contudo, minimizou a questão:

- Se você não está preparado, é melhor se aposentar. Quer dizer, somos pilotos e amamos correr. Claro que é legal ter uma temporada como eu tive ano passado, mas também é legal ter um campeonato como o que eu fiz esse ano. Seria muito duro ter ano após ano o que encarei em 2021. Mas isso não acontece na F1, então tudo bem.

A F1 retorna em 5 de março de 2023, com o GP do Bahrein.

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