Ricciardo migrou da Renault (atual Alpine) ao fim de 2020 para substituir Carlos Sainz, este com destino à Ferrari. Mas as expectativas sobre o vencedor de oito GPs na equipe de Woking não se concretizaram. Ele deixa a McLaren com apenas uma vitória, no GP da Itália passado.

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- A McLaren Racing e Daniel Ricciardo concordaram mutuamente que Daniel deixará a equipe no final da temporada de 2022. A equipe agradece a Daniel por sua dedicação e contribuição, incluindo aquela vitória memorável em Monza. Estamos ansiosos para terminar a temporada fortemente juntos - escreveu o time.

O piloto também confirmou a informação em seu perfil nas redes sociais. Em vídeo, admitiu que o desempenho na McLaren também o decepcionou e acrescentou que não tem detalhes sobre seu futuro na F1:

- Fizemos muito esforço dos dois lados, mas não funcionou da forma que queríamos, então a equipe quis fazer uma mudança. Argumentamos muito, mas no fim das contas, decidimos que era o melhor para ambos os lados. Sobre o futuro, ainda não tenho certeza (do que irá acontecer). Vou revisitar minha passagem pela McLaren com carinho, aprendi muito sobre mim mesmo, coisas que irão me ajudar na próxima etapa da minha carreira e na vida, no geral.

- De um ponto de vista de resultados, de conquistar pontos da forma que eu queria, nem sempre aconteceu. Isso dificultou alguns fins de semana. Mas tenho memórias felizes: quando penso em Monza, na primeira vitória da equipe desde 2012... Foi incrível. Ainda amo o esporte, isso não afetou nada disso. Sigo com a crença de que posso fazer isso no mais alto nível. Não é bom para mim, mas veremos o que vem por aí - concluiu Ricciardo.

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O australiano sofreu para se adaptar ao carro novo em sua primeira temporada pela McLaren, sendo superado pelo novo colega de equipe, o jovem Lando Norris - após o anúncio, o piloto britânico publicou uma mensagem de despedida a Ricciardo nas redes sociais.

- Que experiência, Daniel. Daquele momento em Monza às risadas que tivemos fora do carro, tem sido uma alegria trabalhar com você nesses últimos dois anos. Independente do que te espera, te desejo o melhor. Vamos nos divertir nos próximos meses - escreveu Norris.

A disparidade entre Ricciardo e Lando diminuiu na parte final do campeonato de 2021, tendo como ponto alto a vitória do australiano em Monza - a primeira da equipe britânica em quase dez anos, desde o triunfo de Jenson Button no GP do Brasil de 2012.

Entretanto, Norris ainda terminou 2021 à sua frente (6º contra 8º de Ricciardo), cenário que se manteve na primeira metade da temporada 2022 apesar da queda considerável de desempenho da McLaren sob o novo regulamento técnico: o time é apenas quinto colocado no Mundial de construtores, superado pela Alpine.

Em 13 etapas de 2022, Norris subiu ao pódio uma única vez no GP da Emilia-Romagna e pontuou dez vezes; Ricciardo, por sua vez, só esteve entre os dez primeiros colocados em quatro corridas, tendo como melhor resultado um sexto lugar. Ele está em 12º no campeonato de pilotos, cinco posições atrás do colega de equipe.

Ainda na primeira metade da atual temporada, a McLaren deixou de amenizar a insatisfação com os resultados do piloto de 33 anos. Em maio, o CEO do time, Zak Brown, chegou a admitir publicamente que o australiano não alcançou as expectativas no time.

Com isso, rumores acerca da saída de Daniel da McLaren começaram a crescer, levando o próprio piloto a negar a possibilidade, no último mês, e reafirmar seu compromisso com o time depois que Brown voltou atrás e elogiou o relacionamento da equipe com Ricciardo.

A rescisão do contrato do australiano voltou a ser tópico com a ida repentina de Fernando Alonso para a Aston Martin em 2023 e a negativa de Oscar Piastri à Alpine. O atual campeão da F2 teria assinado um pré-contrato com a McLaren para o ano que vem, o que motivaria a demissão de Ricciardo.