Enquanto se prepara para a disputa do Goianão 2022, o Goianésia aguarda o pagamento por parte do Goiás da dívida referente ao atacante Michael. Assim que o dinheiro entrar na conta, o clube afirma que irá utilizá-lo na construção de um centro de treinamento.
Em dezembro, a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), da CBF, determinou que o Goiás precisa pagar R$719.698,32 ao Goianésia. A sanção foi aplicada de imediato, e o clube esmeraldino está proibido de registrar novos jogadores até que quite a dívida.
A primeira janela de transferências do futebol brasileiro em 2022 abre no próximo dia 19 de janeiro. O Goiás já anunciou o atacante Vinícius e o zagueiro Caetano, mas se não registrá-los, eles não poderão entrar em campo. O clube estreia no Goianão no dia 26 de janeiro.
Michael: negociação do atacante ainda rende disputa judicial entre Goianésia e Goiás — Foto: Rosiron Rodrigues
Em contato com o ge, Marco Antônio Maia, presidente do Goianésia, afirmou que não pode comentar o acaso, mas que até o momento o Goiás não realizou o pagamento. Ele falou sobre os planos do clube.
- Nossa ideia, assim que estivermos com o dinheiro em conta, é fazer o Centro de Treinamento do Azulão do Vale. Investir em estrutura mesmo, algo que o clube sonha há anos - disse o dirigente.
Sem um CT, o elenco do Goianésia treina no estádio Valdeir José de Oliveira, local em que o clube também disputa seus jogos oficiais.
O projeto do centro de treinamento foi apresentado no início de 2020 e prevê a construção de um complexo com dois campos oficiais, um departamento de futebol, academia, sala de fisioterapia, refeitório, 20 quartos com capacidade para dois atletas e estacionamento.
As obras estavam previstas para começar em 2021, mas o atraso no repasse do Goiás frustrou os planos do Goianésia.
- Para o Goianésia, esse dinheiro é muito importante. Não é essencial para montagem de elenco, para pagamento de dívidas, pois hoje o clube está saneado e não tem problemas trabalhistas, mas é fundamental para investir em estrutura - afirmou Beline Barros, advogado do Azulão.
Entenda o caso
De acordo com Marco Antônio Maia, presidente do Goianésia, o Esmeraldino fez o repasse das duas primeiras parcelas, mas não o da terceira, que teria vencido em fevereiro de 2021.
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