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Por Guilherme Macedo — de Belo Horizonte


O Cruzeiro fechou o ano com os objetivos cumpridos. Seguiu na Série A e ainda conquistou uma vaga para a Sul-Americana em 2024. Números alcançados graças ao setor defensivo, que se destacou em meio à ineficiência do ataque.

Quem fica, quem sai: Cruzeiro tem decisões a tomar para 2024

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Os dois setores foram, literalmente, opostos no Campeonato Brasileiro. Com apenas 35 gols marcados, foi o pior da competição; a defesa, por outro lado, foi vazada somente 32 vezes, sendo a melhor do torneio, ao lado do Atlético-MG, terceiro colocado.

E ambos os números também são marcantes para o Cruzeiro não somente em 2023, mas também na história do Brasileirão por pontos corridos. O desempenho defensivo deste ano foi o melhor desde 2003, enquanto a campanha ofensiva foi a segunda pior, neste mesmo recorte.

Em quatro oportunidades, entre as 21 edições do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro teve média de menos de um gol sofrido por jogo: 2013 (0,97), 2015 (0,92), 2018 (0,89) e 2023 (0,87). Em 2015, assim como neste ano, o time conviveu com o risco do rebaixamento, mas se livrou com antecedência maior.

Não é por acaso que o setor defensivo foi o que menos sofreu modificações ao longo do Campeonato Brasileiro. Rafael Cabral, William, Luciano Castán e Marlon só saíram do time por lesão ou suspensão. Pela direita da zaga, Lucas Oliveira foi titular em boa parte do primeiro turno, e Neris exerceu essa condição em 22 rodadas.

Rafael Cabral Cruzeiro — Foto: Staff Images

No ataque, os números de 2023 somente não foram piores do que 2019, quando o time marcou apenas 27 gols e foi rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro. Neste ano, foram 32 bolas nas redes. Média de 0,84 por partida. Fora esses dois anos, apenas em 2018 o time também marcou menos de um gol por rodada.

O setor, até em função dos números, teve diversas formações ao longo do Brasileirão. Três centroavantes passaram pelo time sem afirmação: Gilberto, Henrique Dourado e Rafael Papagaio. Arthur Gomes e Wesley, contratações mais caras da SAF, também sofreram críticas ao longo do ano. Bruno Rodrigues foi o artilheiro e o garçom do time, com 13 gols e sete assistências.

Média de gols sofridos pelo Cruzeiro na Série A

  • 2003 – 47 gols sofridos (média: 1,02 por jogo)
  • 2004 – 81 gols sofridos (média: 1,76 por jogo)
  • 2005 – 72 gols sofridos (média: 1,71 por jogo)
  • 2006 – 45 gols sofridos (média: 1,18 por jogo)
  • 2007 - 58 gols sofridos (média: 1,52 por jogo)
  • 2008 – 44 gols sofridos (média: 1,15 por jogo)
  • 2009 – 53 gols sofridos (média: 1,39 por jogo)
  • 2010 – 38 gols sofridos (média: 1 por jogo)
  • 2011 – 51 gols sofridos (média: 1,34 por jogo)
  • 2012 – 51 gols sofridos (média: 1,34 por jogo)
  • 2013 – 37 gols sofridos (média: 0,97 por jogo)
  • 2014 – 38 gols sofridos (média: 1 por jogo)
  • 2015 – 35 gols sofridos (média: 0,92 por jogo)
  • 2016 – 49 gols sofridos (média: 1,28 por jogo)
  • 2017 – 39 gols sofridos (média: 1,02 por jogo)
  • 2018 – 34 gols sofridos (média: 0,89 por jogo)
  • 2019 – 46 gols sofridos (média: 1,21 por jogo)
  • 2023 – 33 gols sofridos (média: 0,86 por jogo)

Média de gols marcados pelo Cruzeiro na Série A

  • 2003 – 102 gols marcados (média: 2,21 por jogo)
  • 2004 – 69 gols marcados (média: 1,5 por jogo)
  • 2005 – 73 gols marcados (média: 1,73 por jogo)
  • 2006 – 52 gols sofridos (média: 1,36 por jogo)
  • 2007 - 73 gols marcados (média: 1,92 por jogo)
  • 2008 – 59 gols marcados (média: 1,55 por jogo)
  • 2009 – 58 gols marcados (média: 1,52 por jogo)
  • 2010 – 53 gols marcados (média: 1,39 por jogo)
  • 2011 – 48 gols marcados (média: 1,26 por jogo)
  • 2012 – 47 gols marcados (média: 1,23 por jogo)
  • 2013 – 77 gols marcados (média: 2,02 por jogo)
  • 2014 – 67 gols marcados (média: 1,76 por jogo)
  • 2015 – 44 gols marcados (média: 1,15 por jogo)
  • 2016 – 48 gols marcados (média: 1,26 por jogo)
  • 2017 – 47 gols marcados (média: 1,23 por jogo)
  • 2018 – 34 gols marcados (média: 0,89 por jogo)
  • 2019 – 27 gols marcados (média: 0,71 por jogo)
  • 2023 – 32 gols marcados (média: 0,84 por jogo)

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