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Do lado atleticano, um lance gerou revolta e — na visão de muitos — mudou os rumos da partida. Aos 30 minutos do primeiro tempo, Hulk foi punido com dois amarelos — por reclamação - e acabou expulso.

Antes da expulsão, Palmeiras já vencia por 1 a 0 e aproveitou da vantagem numérica para construir uma goleada e apresentar um futebol maduro, de um projeto já consolidado. Enquanto o Alvinegro ainda dá os primeiros passos com Gabriel Milito.

O técnico Gabriel Milito foi ao jogo com uma lista grande de desfalques. Ao todo, nove desfalques: Battaglia, Everson e Maurício Lemos (suspensos); Mariano , Rubens e Otávio (departamento médico); Guilherme Arana, Alan Franco e Vargas (convocados para as respectivas seleções).

As opções surpreenderam na escalação inicial. Na primeira linha, Scarpa atuou como lateral-esquerdo. Alisson deixou o time e abriu espaço para uma trinca no ataque: Paulinho, Hulk e Cadu. Com a bola, um time que procurava atacar no 4-3-3.

Com o apito inicial, se viu um jogo de muita intensidade e pressão para ter a bola pelos dois lados. O Atlético buscava um jogo mais direto e vertical, acionando a sua trinca ofensiva da frente. Na defesa, tinha perseguições definidas — Scarpa com Estêvão, Saravia com Piquerez ou Lázaro - quem avançava pelo seu lado.

Já o Palmeiras era agressivo para recuperar a posse ainda no campo de defesa do adversário - o que dificultava a saída de bola Alvinegra.

Ambos apresentavam possibilidades, mas sem grandes chances. Isso mudou aos 24 minutos. Em descida do Palmeiras pelo lado direito, Fuchs não conseguiu afastar da área e a jogada ficou viva. Aníbal Moreno aproveitou a oportunidade e acertou um bonito chute para abrir o placar.

O gol traria um novo cenário para o jogo. Mas o que mudou o confronto foi a expulsão de Hulk. Aos 30 minutos, o capitão atleticano foi punido com dois amarelos por reclamação e deixou o Galo com um a menos.

A expulsão teve impacto no campo, no clima e também na torcida. Com um a menos, o Alvinegro ainda teve boas escapadas, mas foi adversário que quase ampliou com Rony.

No segundo tempo, prevaleceu a organização e a identidade do Palmeiras. A equipe soube tirar vantagem da superioridade numérica e dar ainda menos chances ao Atlético.

Do lado do Galo, Gabriel Milito procurou dar velocidade ao ataque com a entrada de Alisson Santana e buscar o empate. Mas não teve o efeito esperado.

Qualquer possibilidade de reação acabou com a penalidade de Saravia - de forma infantil - em Zé Rafael. O 2 a 0 deu a tranquilidade que o lado Alviverde esperava no placar.

Ao natural, chegou ao terceiro. O Atlético seguia tentando competir, mas os espaços deixados já eram maiores - sofrendo o quarto gol nos minutos finais.

A expulsão deu outro rumo para a partida — é inegável. Mas, antes dela, o Palmeiras já mostrava toda sua maturidade como time e projeto esportivo. Algo que o Atlético ainda terá um caminho para percorrer e aprender.

A primeira derrota na Série A carrega bastante explicações: desfalques, expulsão polêmica, um adversário mais forte e um cenário que o Atlético precisou se adaptar. Algo que serve de lição para os próximos desafios.