Primeiro, os senegaleses chamaram a atenção na torcida antes mesmo do início do confronto contra o Equador. Nas cadeiras, alguns torcedores pintaram as costas com o número 19, levaram fotos e camisas em homenagem ao ex-atleta.

Em campo, o capitão da seleção, Koulibaby, também usou o número 19 em sua braçadeira. Após o apito final, confirmando a classificação de Senegal às oitavas de final, os jogadores levantaram o cartaz com a homenagem a Bouba Diop, em que dizia: "Um verdadeiro leão nunca morre."

O ídolo senegalês morreu aos 42 anos de idade, em 29 de novembro de 2020, exatamente quatro dias depois de Maradona. Ele foi vítima de uma esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença com a qual conviveu durante anos.

+ Papa Bouba Diop, autor do gol de abertura da Copa do Mundo de 2002, morre aos 42 anos

Papa Bouba Diop marcou um dos gols mais emblemáticos da Copa do Mundo, em 2002, ao dar a vitória de Senegal sobre a França por 1 a 0 na abertura do Mundial. Os franceses colonizaram Senegal durante mais de um século, entre 1817 até 1960, e eram os atuais campeões do mundo após o título da Copa de 1998.

Em 2002, Senegal chegou às quartas de final, sendo a melhor campanha do país na história do Mundial. Ao longo do caminho, derrubou a Suécia nas oitavas de final e caiu diante da Turquia.

Bouba Diop terminou a Copa de 2002 como artilheiro de Senegal e despediu-se da seleção com 63 partidas e 11 gols marcados, sendo vice-campeão da Copa Africana de Nações nesse mesmo ano - após uma derrota para Camarões. No dia de sua morte, dois anos atrás, a Fifa decretou:

"Uma vez herói de uma Copa do Mundo, para sempre um herói de Copa do Mundo."