Seleção se prepara para pegar o Paraguai amanhã na Copa América
O zagueiro Marquinhos, da seleção brasileira, deu entrevista coletiva nesta quinta-feira, véspera da partida contra o Paraguai, nesta sexta, às 22h, em Las Vegas. O defensor analisou a situação do Brasil no Grupo D da Copa América, depois do empate frustrante contra a Costa Rica na primeira rodada, e disse que o apoio dos torcedores é fundamental para a próxima partida.
Uma das lideranças do grupo, Marquinhos disse que o elenco da seleção brasileira se frustrou mais com a estreia que os torcedores do Brasil. Ele também afirmou que se tivesse visto a cena da discussão de Danilo com um torcedor na arquibancada, teria pedido para ele ir ao vestiário o mais rápido possível.
— É inevitável que o resultado é um fator muito importante. Por vezes, na seleção tivemos piores atuações e conseguimos o resultado. Acho que ali naquele momento, como o professor, se eu tivesse visto o Danilo naquela situação, pediria que ele entrasse no vestiário o mais rápido possível. Ele tentou mostrar, defender que na Seleção a dedicação, compromisso, respeito e amor pela camisa não faltam e nunca faltarão — disse Marquinhos, que completou:
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— Um jogador pode de uma certa forma viver também um momento de estresse, ele é ser humano, depois de um resultado que não era esperado, depois das chances perdidas, o sentimento vem a flor da pele. A sensação que o torcedor tem o jogador também tem, até maior, a responsabilidade é nossa, a frustação acaba sendo maior pra gente. É o jogador saber entender o lado do torcedor, o torcedor saber entender o lado do jogador.
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Marquinhos pediu para que a torcida siga com fé na equipe, porque a torcida é importante para os jogadores do Brasil. Com entrosamento e tempo, o defensor garantiu que o brasileiro terá alegrias com a Seleção.
— Aproveito para pedir que todos os brasileiros, todos que torcem por nós, que continuem nos apoiando, com a mesma fé na gente, acho muito importante a energia, a torcida, saber que tem muitas pessoas que nos querem vencendo em campo. Nós jogadores sabemos que podemos melhorar do último jogo, houve frustração, a gente viu no vestiário pelo resultado, mas sendo claro e sinceros que teve coisas boas, aspectos que a gente trabalhou e melhorou, é levar as coisas boas, melhorar o que se pode melhorar. Esse é o caminho para voltar as vitórias, o grupo ganhando força, ganhando peso e entrosamento com as mudanças que aconteceram pós-Copa. Tudo vai se encaminhar, vai dar certo, e o torcedor terá cada vez mais alegria com a Seleção.
Marquinhos em treino da Seleção em Las Vegas — Foto: Rafael Ribeiro/CBF
Na estreia contra a Costa Rica, o Brasil não soube furar a retranca da defesa adversária. Em partida pouco criativa e com falta de contundência no ataque, a seleção brasileira teve dificuldades para superar os costarriquenhos. Nesta sexta-feira, o Paraguai deve repetir a formação defensiva contra a Seleção, mas Marquinhos disse que o time está preparado para qualquer atitude dos paraguaios.
— Independente da atitude do adversário, o Dorival vem nos preparando da melhor forma possível. Já fizemos treinamentos de pressão alta, de bloco baixo. Independente da maneira que o Paraguai venha nos enfrentar amanhã, estamos preparados para fazer um grande jogo, com as nossas estratégias, com a nossa força.
O Brasil ocupa a segunda posição do Grupo D, com um ponto. A seleção brasileira entra em campo nesta sexta-feira, contra o Paraguai, às 22h, em Las Vegas.
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Discussão de Danilo com torcedor
— Nossa atuação no jogo, a entrega dos jogadores, tudo que colocamos em prática, a Costa Rica teve poucas chances de gol, nós tivemos chances criadas, bolas roubadas no campo adversários, coisas que te levam próximo de uma vitória. Talvez Danilo escutou o torcedor falar algo para alguém mais jovem e foi tentar defender o grupo, talvez uma frustração ali, ele como um dos líder, um capitão, foi querer tomar à frente. Antigamente essas coisas também aconteciam, mas a gente não via, não tinha o telefone, agora uma pessoa do lado dele filmou, mas são coisas do futebol, independente da Seleção, independente do nível, a frustração acontece quando não vem o resultado, para nós e para o torcedor. Aqui nunca vai faltar dedicação, respeito e amor por essa camisa. Além de sermos profissionais, esse é nosso sonho de criança, nosso amor, desde que me conheço como gente vejo a seleção jogar, almejo e sonho ser um daqueles jogadores. Hoje estando aqui, procuro amar ao máximo essa camisa, mas infelizmente às vezes o resultado é um grande fator para medir essa frustração.
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— Cada jogo tem sua história, seu aspecto, duas estratégias, jogando com uma seleção diferente. Não dá para prever como será, dá para ter uma ideia mais ou menos, já enfrentamos muitas vezes, uma equipe aguerrida, que defende bem, mas que cada vez mais tem essa qualidade para nos botar em perigo, temos que ter cuidado, como tivemos contra a Costa Rica. É trazer as coisas boas que fizemos, se eles tiverem uma postura diferente estaremos prontos. E melhorar o que fizemos contra a Costa Rica.
Estilo de jogo
— Esse detalhe é importante na carreira e na vida de um zagueiro. Vivo no meu clube, a gente atacando contra defesa baixa e o zagueiro participando ofensivamente, armando jogo, tentando destravar a defesa baixa. E no momento de defender, lembrar que é zagueiro e que não pode errar. Momento importante e decisivo na sua atuação no jogo, e passar essa segurança para o time, o time ganha confiança quando vê o zagueiro ganhando os duelos. Me concentro muito quanto a isso, minhas jogadas defensivas tem de ser determinantes, meus duelos tenho de ganhar, já que atrás da gente tem só o goleiro, e um duelo que você perde pode ser determinante para o resultado.
Liderança e trabalho com mais jovens
— Aqui, é tudo muito rápido. Logo após o jogo, já começamos a conversar sobre, já tivemos vídeos, bate-papo com a comissão. Temos que seguir as coisas boas. Isso que levo comigo dos outros ciclos. Na Seleção, não temos tempo para esperar. No clube, talvez. Por isso, conversamos bastante. O Dorival pede muito a nossa opinião também. É nessa hora que os mais experientes devem falar, passar tranquilidade para os garotos. A camisa da seleção brasileira tem muito peso. Tem que viver isso da melhor forma e aproveitar cada vez mais. Já vivi muita coisa aqui. Temos que viver o aqui, o agora. Já vivi o lado de ser campeão, que é maravilhoso, e o de perder, que dói muito.
Frio no estádio
— Foi até engraçado, a gente vindo, caminhando, um calor, logo que você entra no estádio, fomos do estacionamento para o campo, a mudança é incrível. Estou de blusa porque sai do ônibus com ar condicionado, depois treina no calos, vocês viram o quanto isso influencia no jogo. Ter um estádio climatizado vai favorecer ao futebol, o calor é muito grande. Vamos usar isso a nosso favor, um fator que pode nos ajudar estando um pouco mais fresco.
Tempo com Dorival
— Todos os jogadores têm uma estratégia. É continuar sempre o caminho, o Dorival tem sempre nos mostrado melhorias. Foi o meu segundo jogo com ele e já deu para perceber algumas coisas que ele quer, que ele gosta. Esses dois dias foram bem produtivos para nós. É muito importante a nossa atitude e o nosso progresso naquilo que vamos fazer dentro de campo.
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