O técnico da seleção italiana, Luciano Spalletti, afirmou nesta sexta-feira que o afastamento dos jogadores Nicolo Zaniolo e Sandro Tonali foi a decisão correta. Eles deixaram a concentração da Azzurra na véspera, após serem ouvidos pela polícia e terem celulares e laptops apreendidos em uma investigação de apostas ilegais.
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A Itália enfrenta Malta neste sábado, em Bari, e na terça jogará contra a Inglaterra, em Wembley, os dois jogos válidos pelas Eliminatórias da Eurocopa. Spalletti não quis revelar de quem partiu a decisão de liberar os jogadores, se dele ou da federação italiana, mas afirmou ter sido a melhor opção, pois entende que Zaniolo e Tonali não conseguiriam se concentrar completamente nas partidas.
- Nâo é legal dizer quem tomou a decisão, é o suficiente dizer que foi a decisão correta. Não podemos levar (para os jogos) dois caras que foram surpreendidos dessa maneira (com a presença da polícia) para jogar uma partida. Agora temos que pensar em jogar, perdemos dois grandes jogadoras mas ainda somos uma equipe forte - afirmou o treinador.
Campeão italiano com o Napoli na última temporada, Spalletti assumiu a seleção em agosto, após o treinador Roberto Mancini deixar a Itália para dirigir a seleção da Arábia Saudista. Spalletti estreou empatando com a Macedônia do Norte, fora, e depois venceu a Ucrânia, em casa.
Luciano Spalletti, novo técnico da Itália — Foto: Getty Images
A missão de Spalletti é classificar a Itália no equilibrado Grupo C. A Inglaterra lidera com 13 pontos, à frente de três seleções com sete pontos: Itália, Ucrânia e Macedônia do Norte. A Azzurra, no entanto, tem uma partida a menos que as rivais.
Nesta sexta-feira, Zaniolo se pronunciou pela primeira vez soebre o caso: segundo o jornal Gazzetta dello Sport, o meia-atacante do Aston Villa admitiu ter entrado em um site para jogar blackjack, um jogo de cartas também conhecido no Brasil como 21, mas disse que não sabia que a atividade era ilegal.
A investigação sobre envolvimento de jogadores em apostas eletrônicas ilegais começou após um ex-paparazzi italiano, Fabrizio Corona, denunciar Nicolo Fagioli, meia da Juventus. Depois, Corona também envolveu Zaniolo e Tonali. Um quarto jogador, o italiano de ascendência polonesa Nicola Zalewski, da Roma, foi citado posteriormente por Corona.
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