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Por Redação do ge — Madri


O Ministério Público da Espanha deu início ao processo contra Luis Rubiales nesta sexta-feira, três dias depois de Jenni Hermoso denunciá-lo por agressão sexual. O dirigente deu um beijo forçado na atacante da seleção espanhola durante a cerimônia de premiação da Copa do Mundo Feminina e se encontra suspenso provisoriamente pela Fifa do cargo de presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).

Jogadoras da Espanha anunciam boicote à seleção após beijo forçado de dirigente

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A promotora Marta Durántez Gil formalizou a denúncia à Audiência Nacional, o que faz com que Rubiales possa ser julgado pela via penal. Pelo crime de agressão sexual, ele pode pegar de um a quatro anos de prisão. O dirigente também pode responder por possível coerção, uma vez que Hermoso afirmou em depoimento à Promotoria que ela e seus familiares sofreram pressão de Rubiales e de seu entorno para que a jogadora "justifique e aprove o que aconteceu".

Hermoso recebe beijo de presidente da Federação Espanhola de Futebol — Foto: Reprodução

A Promotoria havia aberto investigação contra Rubiales no dia 28 de agosto. Hermoso tinha até 15 dias para denunciar Rubiales. Ela poderia fazer por escrito, mas preferiu ir pessoalmente.

Na última terça-feira, a Federação Espanhola, sob comando interino, anunciou a demissão do técnico da seleção feminina, Jorge Vilda, apoiador de Rubiales.

Hermoso já havia se manifestado publicamente sobre o caso, quando deixou claro que o beijo recebido não foi consentido, desmentindo declarações de Rubiales.

- Quero esclarecer que em momento algum consenti o beijo que ele me deu, e em momento algum tentei levantar o presidente. Não tolero que se coloque em dúvida a minha palavra, muito menos que inventem palavras que eu teria dito - disse Hermoso.

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