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Por Gabriel Oliveira — São Paulo


Eliminada na final da chave inferior do Valorant Champions, a LOUD encerrou a temporada 2023 no top-3 do cenário internacional, abaixo da campeã, a norte-americana Evil Geniuses (EG), e da vice, a Paper Rex, do Pacífico, depois de ter sido a campeã mundial no ano passado.

Integrantes do time de Valorant da LOUD com troféu do VCT Américas — Foto: Colin Young-Wolff/Riot Games

Saadhak vê LOUD "muito testada" no Valorant Champions e se diz satisfeito com ano

Saadhak vê LOUD "muito testada" no Valorant Champions e se diz satisfeito com ano

Nesta temporada, a LOUD vivenciou altos e baixos, do título do primeiro VCT Américas à eliminação com duas duras derrotas no Valorant Masters Tokyo, no qual a equipe fez a pior campanha de sua história. Mas sempre se mantendo na elite da modalidade, assim como fez em 2022.

Início promissor

Em um ano em que precisou substituir Gustavo "Sacy" e Bryan "pANcada" por Arthur "tuyz" e Cauan "cauanzin", a LOUD começou promissora ao chegar à final do VCT LOCK IN, campeonato internacional realizado em São Paulo que reuniu os 30 clubes participantes das franquias e dois convidados da China. A equipe brasileira ficou com o vice, mas poderia ter sido o título, se não fosse a histórica virada da europeia Fnatic quando o placar estava 11-3 para os brasileiros no quinto e decisivo jogo.

Cauanzin disse, naquela ocasião, que a LOUD cumpriu o objetivo para o VCT LOCK IN. Para chegar à decisão, a equipe derrotou a sul-coreana Gen.G, a francesa Karmine Corp, a norte-americana NRG e a sul-coreana DRX, nesta ordem.

Jogadores de LOUD e Fnatic no palco do VCT LOCK IN antes da final — Foto: Colin Young-Wolff/Riot Games

Ápice e decepção

No VCT Américas, a LOUD continuou muito bem. Na fase classificatória, a LOUD sofreu a única derrota só na Rodada 9, para a NRG, avançando para os playoffs como líder, com oito vitórias. Nos playoffs, a equipe desbancou a FURIA, a EG e a NRG na decisão, com uma impactante vitória por 3 a 0.

Como campeã americana, a LOUD chegou com moral ao Masters de Tóquio e entrou diretamente nos playoffs. Mas a campanha acabou sendo uma decepção, a pior da história da organização no Valorant. Primeiro, a equipe estreou com derrota para a EG, tendo conseguido vencer só 12 rounds nos dois jogos da série. Na rodada seguinte, o time perdeu para a chinesa EDward Gaming (EDG) e deu adeus à disputa.

Jogadores demonstraram insatisfação com os resultados e o capitão, Matias "Saadhak", revelou que a LOUD havia enfrentado "muitos problemas fora do servidor". Ele se recusou a explicar a que se referia, o que deixou a impressão de problemas internos no elenco.

Aspas (esq.) e Less, jogadores do time de Valorant da LOUD, em ensaio fotográfico antes do Valorant Champions 2023 — Foto: Stefan Wisnoski/Riot Games

Crise e saída de aspas

Um mês depois da eliminação, o insider Rod "Slasher" cravou que Erick "aspas", o astro da LOUD, sairia da equipe depois do Valorant Champions pois estaria tendo desavenças com os companheiros, principalmente com Felipe "Less". O elenco estaria rachado, e as chances de aspas sair seriam de mais de 90%. A informação, que desencadeou um noticiário negativo sobre o futuro da LOUD, caiu como uma bomba a duas semanas da estreia no campeonato mundial.

No mesmo dia, Saadhak e Less se manifestaram para contestar a notícia, enquanto aspas se manteve em silêncio. Os jogadores, conforme eles próprios repetiram várias vezes depois, se fecharam em uma bolha para tentar evitar o clima de pessimismo decorrente da campanha decepcionante em Tóquio e da possibilidade de aspas jogar pela LOUD pela última vez.

Jogadores do time de Valorant da LOUD de cabeça baixa em ensaio fotográfico antes do Valorant Champions 2023 — Foto: Stefan Wisnoski/Riot Games

Campanha sem favoritismo

Tanto é que a imprensa internacional não colocou a LOUD no pote de principais times do Valorant Champions, apontando a europeia Fnatic, a EG e a Paper Rex como favoritas.

Antes de o principal campeonato do ano começar, Saadhak disse que "o futuro é com Deus" ao ser questionado se a disputa em Los Angeles, nos Estados Unidos, poderia ser a última apresentação deste elenco;

Quando a LOUD estreou na fase de grupos com derrota para a DRX, para a qual nunca havia perdido antes, o pessimismo da comunidade aumentou. Em uma entrevista coletiva tensa, aspas não apareceu e os demais jogadores deram respostas curtas e grossas.

O clima melhorou com as vitórias. Ainda pelo Grupo D, a LOUD derrotou as europeias Team Liquid, campeã do VCT EMEA, e NAVI.

Jogadores do time de Valorant da LOUD se abraçam após vitória contra Fnatic na abertura dos playoffs do Valorant Champions 2023 — Foto: Colin Young-Wolff/Riot Games

Nos playoffs, a equipe começou com uma improvável vitória contra a Fnatic, algoz do VCT LOCK IN e que era considerada a principal candidata ao título mundial. Depois, os brasileiros perderam para a Paper Rex, em uma série em que estiveram perto de fechar o primeiro jogo, o que daria uma vitória por 2 a 0.

Na final da parte de baixo da tabela, a LOUD saiu atrás da EG, perdendo os dois jogos iniciais da série em melhor de cinco partidas (md5), e se recuperou ao levar os dois duelos seguintes. No mapa decisivo, porém, a EG levou a melhor e eliminou os brasileiros no 3º lugar.

Na entrevista coletiva pós-eliminação, Saadhak relembrou o título do VCT Américas, o vice do VCT LOCK IN, a decepção no Masters de Tóquio e o top-3 do Valorant Champions, no qual a LOUD enfrentou vários adversários de peso, para se dizer "muito satisfeito" com os resultados do ano. Em entrevista na transmissão brasileira, o capitão da LOUD definiu a temporada como "mais do que perfeita".

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