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Por Rafael Tartaglia, para o e-SporTV


— Foto: Bruno Alvares/César Galeão/Garena

Um dos eSports em ascensão no Brasil e no mundo, o Free Fire já pode ser considerado um dos mais importantes jogos do país. O Battle Royale desenvolvido pela Garena possui um calendário de campeonatos mais modesto comparado a outros games, mas já possui torneios mundiais e intercontinentais. No Brasil, o cenário possui duas competições bem estruturadas, a Free Fire Pro League e a Liga NFA. Confira mais detalhes sobre como funciona o competitivo de Free Fire:

FORMATO DE DISPUTA E JOGOS

O formato adotado no competitivo é simples e feito em sistema de pontos corridos. Os principais campeonatos são geralmente disputados por 12 equipes de quatro jogadores cada, os chamados squads.

Além disso são apenas dois mapas por campeonato, intercalados entre uma queda e outra. O objetivo por trás de cada equipe é sobreviver até não restar mais ninguém além dela, seja eliminando os adversários ou não sendo eliminado – a equipe que vence uma rodada recebe o “BOOYAH”.

Equipes unidas para coletar os equipamentos com mais segurança — Foto: Reprodução/Free Fire - Brasil

Quanto maior o número de adversários eliminados pela equipe e maior a colocação de “sobrevivência”, maior será a respectiva pontuação. Isso porque, além do número fixo de pontos por colocação, o valor final varia de acordo com a quantidade de abates individuais pelas quais a equipe foi responsável – ou seja, quanto mais abates e mais tempo vivo, mais pontos se ganha.

REGIÕES

As onze regiões que participaram do Free Fire World Series 2019 — Foto: Reprodução/Garena

No Free Fire os campeonatos são organizados exclusivamente pela Garena, desenvolvedora do jogo, que está presente em todas as regiões do Battle Royale mobile. Ao todo são 12 regiões, cada uma com uma liga própria, porém algumas foram unificadas devido ao ainda recente sucesso do jogo em seus países correspondentes.

  • América do Norte
  • América Latina do Norte
  • América Latina do Sul
  • Brasil
  • Europa e Rússia
  • Índia
  • Indonésia
  • Sudeste Asiático e Malásia
  • Norte da África e Oriente Médio
  • Tailândia
  • Taipé Chinesa
  • Vietnã

PRINCIPAIS CAMPEONATOS

Troféu da terceira temporada da Free Fire Pro League 2019 — Foto: Tuiki Borges

Desejo de todos os jogadores e times profissionais da modalidade, o Campeonato Mundial de Free Fire é o principal torneio do cenário, arrasta multidões por onde passa e é também a competição que mais premia na temporada – no último Mundial foram distribuídos US$ 400 mil. Recente na história do esporte eletrônico, o Mundial de Free Fire foi disputado em apenas duas oportunidades, ambas em 2019. A primeira edição, vencida pela EVOS Capital (Indonésia), foi realizada na Tailândia em abril de 2019 e a segunda edição teve o Corinthians (Brasil) como grande campeão em casa.

No Brasil o principal campeonato é a Free Fire Pro League (FFPL). Espécie de “Campeonato Brasileiro” se fossemos levar para o futebol, a FFPL em 2020 fará sua quarta temporada e já sagrou Tropa M3C (S1), New X (S2) e Corinthians (S3) como campeões brasileiros de Free Fire – a FFPL também é o campeonato que dá vaga ao Mundial da modalidade.

Mais recentemente, outro campeonato chamou a atenção do grande público no Brasil. Na sua terceira temporada, a Liga NFA ganhou popularidade entre as organizações e os jogadores e divide o foco do cenário brasileiro com a Pro League, mas ainda sem o grande apelo da FFPL.

TIMES E JOGADORES

Bruno "Nobru", jogador do Corinthians Free Fire — Foto: Divulgação/Corinthians

Ao contrário de outras modalidades mais estabelecidas como Counter Stike: Global Offensive (CS:GO) e League of Legends, onde, hoje, o Brasil não é referência internacional, no Free Fire os brasileiros dominam mundo a fora. Recém-chegada no cenário de esportes eletrônicos, o Corinthians é o atual campeão do mundo e a LOUD a melhor equipe da América – título conquistado após vencer a Copa América desse ano.

Ainda na primeira edição do Mundial da modalidade, lá em abril de 2019, o Brasil já chegou com chances de vencer e mesmo sob o revés que sagrou a EVOS Capital, da Indonésia, como grande campeã naquela ocasião, o Brasil voltou com um título que até então nunca saiu daqui: o de melhor jogador do mundo. Naquela ocasião Ariano "Kronos", hoje na Vivo Keyd, recebeu o título de MVP do torneio e passou o bastão para Bruno “Nobru”, MVP da segunda edição do Mundial realizada no final de 2019.

Entre os melhores colocados recentemente, os russos da Sbornaya ChR e os tailandeses da ILLUMINATE também merecem grande atenção. Outra região forte no cenário é a Indonésia, local escolhido para a realização do primeiro campeonato mundial da modalidade, e dona de um dos servidores mais populares do jogo.

CURIOSIDADES

Cerol, jogador de Free Fire, foi eleito o melhor streamer do ano no Prêmio eSports Brasil 2019 — Foto: Renato Pizzutto/BP Filmes

Apesar de recente no cenário de esports no geral, o competitivo de Free Fire já domina o Brasil e o mundo. No ano passado, durante a segunda edição do Mundial da modalidade, realizado no Rio de Janeiro, o pico de espectadores simultâneos nas plataformas de transmissão foi de 1,2 milhão e bateu até mesmo o jogo entre Corinthians e Racing pela Sul-Americana, que teve pico de 438 mil espectadores.

Também em 2019, estreante no Prêmio eSports Brasil, cerimônia que premia os melhores do ano em diversas categorias do esporte eletrônico brasileiro, o Free Fire, através de seus times, jogadores, influenciadores e casters, dominou a cerimônia e faturou oito prêmios, incluindo o de jogo do ano.

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