Foram três gols em 19 minutos na segunda metade do 1º tempo. Uma bela demonstração da melhor notícia para a Espanha neste ciclo. O time ''arame liso'' da Copa do Mundo de 2022 ficou para trás. A Croácia não fez um jogo tão ruim para merecer uma derrota por três gols de diferença, mas cometeu erros imperdoáveis em uma partida decidida nos detalhes.

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Luis de la Fuente escalou a Espanha em seu habitual 4-3-3. Em relação ao último amistoso antes da Euro, sacou somente Jesus Navas e colocou Carvajal na lateral-direita. O restante do time foi o mesmo. Já Zlatko Dalic pôs em campo a mesma equipe que bateu Portugal em amistoso no último sábado.

O jogo

A Espanha teve cerca de 15 minutos iniciais de controle dentro daquilo que mais sabe fazer. Posse de no campo de atque, bola circulando com velocidade e reações rápidas ao sofrer um desarme ou errar um passe. Durante esse período teve pela frente uma Croácia que marcou bem em bloco baixo, e que só foi incomodada em dois desarmes de Rodri na intermediária ofensiva.

O jogo foi se transformando com a subida de produção dos croatas. Também formam uma equipe habituada a ter a bola, mas ficou nítido que encontram dificuldades para serem agressivos. Majer circulava da direita para o centro, se somava a região de Modric, Brozovic e Kovacic. Kramaric flutuava nas costas do meio espanhol. As linhas de passe eram geradas pelo centro.

A Espanha, a esta altura marcando um pouco mais dentro de seu campo, encontrava problemas para igualar numéricamente os jogadores rivais pelo meio. Pemitiu minutos de controle e algumas finalizações de relativo perigo na entrada da sua área. Unai Simón reagiu positivamente. Quando a Fúria parecia no pior momento em campo, viu as coisas se abrirem.

Após um raro passe longo desnecessário dos croatas, ganhou as disputas de primeira e segunda bola antes de acelerar com um lindo passe de Fabian Ruiz em profundidade para Morata. O camisa 7 não perdoou ao sair cara a cara com Livakovic. Os croatas mantiveram a postura agressiva de marcação no campo de ataque e foram novamente surpreendidos.

Pedri e Fabian Ruiz tiraram a bola da região pressionada e inverteram para Lamine Yamal em bela jogada concluída por Ruiz, mas que contou ainda com a assistência de Pedri. Marcação frouxa da Croácia na frente da área. O time dos Balcãs encaixou mais três boas ações ofensivas antes do término do 1º tempo, evidenciando que o placar era um pouco exagerado àquela altura.

O grande problema é que a precisão da Fúria entrou em ação novamente. Carvajal aproveitou o perfeito cruzamento de Lamine Yamal após cobrança de escanteio curto pela direita. Atacou as costas de Pongracic para marcar o terceiro nos acréscimos da 1ª etapa. Os times voltaram sem mexidas para o 2º tempo, e logicamente o cenário foi de tentativa de pressão da Croácia.

Não que a Espanha tivesse buscado isso enquanto estratégia, mas o contragolpe se revelou como grande opção para explorar os velozes Yamal e Nico Williams. Pedri conseguiu puxar duas boas transições rápidas e o placar chegou perto de ser ampliado. Perisic entrou na Croácia. O centroavante Budimir saiu. Kramaric passou a jogar no centro do ataque. A produção ofensiva não foi alta.

Modric esteve apagado. Perdeu grande parte dos duelos para Fabian Ruiz e acabou sacado antes da metade do 2º tempo. Pasalic entrou. Kovacic, que foi bem, saiu de forma precoce. Na Espanha, de la Fuente encorpou o meio com Merino. Dani Olmo, que havia entrado na vaga de Pedri, passou a atuar pelo lado esquerdo. Oyarzabal no lugar de Morata foi mais uma mexida.

Sem sua principal referência criativa em campo, a Croácia não teve volume criativo para reduzir o placar, mas ao menos não deixou de lutar. Majer, o melhor croata em campo, roubou a bola do goleiro Unai Simón em subida de marcação da equipe. Petkovic foi derrubado por Rodri, mas perdeu o pênalti.