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Por Tiago Lemos — Salvador


Joilson e Adriana abriram os caminhos, Robson levou o Brasil ao topo, e Hebert e Bia consolidaram o país como força. O desafio, agora, está em manter a curva de crescimento. E, para isso, não faltam candidatos. O Brasil tem dez atletas de boxe classificados para os Jogos Olímpicos de Paris em 2024, sendo cinco deles baianos.

Bárbara Santos, Beatriz Ferreira, Keno Marley, Wanderley Pereira e Tatiana Chagas são representantes da Bahia, que soma quatro medalhas olímpicas no boxe: duas de ouro, uma de prata e uma de bronze. No total, o Brasil tem oito e a 28ª posição no ranking de medalhas na modalidade. O desempenho dos baianos, portanto, pode alavancar a posição do país.

Países com mais medalhas no boxe olímpico

País Ouro Prata Bronze Total
1º Estados Unidos 50 27 40 117
2º Cuba 41 19 18 78
3º Grã-Bretanha 20 15 27 62
4º Itália 15 15 18 48
5º União Soviética 14 19 18 51
6º Rússia 10 5 15 30
7º Hungria 10 2 8 20
8º Polônia 9 8 26 43
9º Argentina 7 7 10 24
10º Cazaquistão 7 7 10 24
28º Brasil 2 2 4 8

Keno Marley, Wanderley Pereira, Tatiana Chagas e Bárbara Santos são esperanças do Brasil no boxe — Foto: Arte/ge

O especial do ge contou nas primeiras reportagens a importância de Luiz Dórea na formação de talentos em Salvador. Mas há outros trabalhos de excelência dentro e fora da capital baiana. Um deles vem de Conceição do Almeida, cidade que fica a 160 km de distância da capital e com 15.974 habitantes.

Há 12 anos, o professor Marcos Silva queria que sua cidade natal pudesse desfrutar do boxe, algo que só era possível à época no município de Cruz das Almas, que fica a 20 km de distância de sua terra. Por isso, começou a dar aulas para moradores locais. Mal sabia ele a proporção que o trabalho tomaria.

Professor Marcos Silva e os atletas Wanderley Pereira e Keno Marley — Foto: Arquivo pessoal

Em Paris, o "Almeida", como também é chamado o município, será representado por Keno Marley, de 23 anos, já experiente em Olimpíadas, e o estreante Wanderley Pereira, de 22 anos.

Atualmente, o professor Marcos Silva, de 38 anos, líder da Academia Oásis de Boxe, usa um espaço cedido pela prefeitura para tocar o projeto e lapidar os cerca de 100 talentos que treinam no local.

- Hoje temos também Reidner Barbosa e Cristiano Pereira [irmão de Wanderley], que foi campeão ano passado pelo WBC, em São Paulo. Estão tentando uma vaga na seleção brasileira de boxe. Reidner tem 22 anos, e o Cristiano, 23 - conta Marcos Almeida.

Crianças e jovens treinam boxe em academia de Conceição do Almeida

Crianças e jovens treinam boxe em academia de Conceição do Almeida

Keno: do drama à resiliência em último ciclo

Keno Marley em ação — Foto: Frank Franklin - Pool/Getty Images

Keno Marley é o principal atleta de Conceição do Almeida. Ele convive com a rotina de treinos desde os 13 anos, quando deixou a cidade e partiu para São Paulo em busca do sonho olímpico. Em Paris, Keno vai disputar os Jogos pela segunda vez (ficou em quinto lugar em Tóquio), em busca da primeira medalha para, quem sabe, encerrar a sua caminhada no boxe olímpico.

- A medalha olímpica é o que me faz estar aqui. Já fui medalhista mundial, sul-americano, pan-americano, continental, e o que falta para mim é essa medalha olímpica. A tendência é que eu dispute boxe profissional após a Olimpíada, mas é algo a ser analisado. Tenho foco total nas Olimpíadas - garante.

Keno Marley mira medalha olímpica e pensa nos próximos passos no boxe profissional

Keno Marley mira medalha olímpica e pensa nos próximos passos no boxe profissional

Keno tem 23 anos e já foi vice-campeão mundial, em 2021. Também conquistou duas pratas em Jogos Pan-Americanos, em 2019 e 2023, além do título nos Jogos Olímpicos da Juventude de 2018. E quer mais. Contudo, para isso, vai precisar superar seu principal adversário, o cubano Julio César La Cruz.

- Eu sempre lutei para ser campeão, em busca do ouro. Já fui vice-campeão mundial, luta bem disputada. Tenho lutado contra os melhores do mundo. O pódio já é possível, mas quero muito mais. Estou lutando pelo ouro. É uma linha tênue que falta. Já conquistei a vaga, e tenho condições de chegar no ouro. A luta no Pan-Americano de Santiago [diante de Julio César La Cruz] foi contra o atual campeão olímpico [Keno perdeu a final]. Mostra que estamos em níveis iguais. Atleta duro, mas estou provando que estamos em níveis iguais - garante.

"O Keno é bastante técnico, espera o momento certo de dar os golpes dele. Só vai na boa", analisa professor Marcos Silva.

Keno Marley é derrotado por La Cruz e fica com medalha de prata no Pan 2023 — Foto: Andres Pina / Photosport

Ao longo da caminhada, o pugilista baiano também precisou lidar com um drama familiar. Jeremias, irmão de Keno e principal incentivador, foi assassinado em 2021. Keno Marley passou por um tratamento pós-traumático até voltar aos ringues.

“Tive um transtorno pós-traumático, precisei fazer tratamento psiquiátrico e pensei até em tirar minha vida. Foi um momento péssimo”, disse Keno em entrevista ao site Olimpíada Todo Dia.

Wanderley: estreia com fome de medalha

Wanderley Pereira vai representar Conceição do Almeida, a Bahia, o Brasil — Foto: IBA

Na categoria meio-pesado (até 80 kg), o Brasil será representado pelo baiano Wanderley Pereira. Também natural de Conceição do Almeida, o pugilista, apesar de ser estreante nos Jogos, se vê pronto para ser campeão na modalidade.

- Tenho potencial para estar entre os melhores, para ganhar o ouro olímpico. E venho provando nos campeonatos que já venho disputando. Estou sempre no pódio, sempre entre os melhores - destaca Wanderley.

Além das palavras, o currículo realmente o credencia a buscar o pódio olímpico. Medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos e vice-campeão mundial (até 75 kg), ambas no ano passado, Wanderley chega com bons números em Paris.

A gente tem que comemorar cada conquista. Ninguém gosta de perder, mas eu sei da minha luta e sei o que passei para chegar ali na prata. Sensação que fica é que posso fazer um pouco mais para alcançar o ouro, que não é impossível".
— Wanderley Pereira, após conquistar duas pratas

Wanderley Pereira no Mundial de boxe — Foto: IBA

Wanderley seguiu o caminho de Keno e saiu de Conceição do Almeida para São Paulo em busca do sucesso no boxe. Após somar vitórias e conquistas, passou a defender a Seleção, em 2020.

"O Wanderley é uma mistura de Brasil com boxe cubano, tem um molejo, mais solto. Wanderley vai para dentro", analisou o professor Marcos Silva.

Fã do pugilista norte-americano Terence Crawford, Wanderley Pereira também é conhecido como Holyfield por causa do ex-atleta baiano Reginaldo Andrade, o "Holyfield", multicampeão no início da década de 1990. O encontro entre os homônimos ainda não aconteceu, mas é uma meta de Wanderley. Quem sabe não acontece para celebrar uma medalha olímpica?

Wanderley Pereira acredita no seu potencial para conquistar a medalha olímpica

Wanderley Pereira acredita no seu potencial para conquistar a medalha olímpica

Tatiana: inspirada em Adriana para brilhar

Tatiana Chagas — Foto: Miriam Jeske/COB @miriamjeske_

Lembra da história de Adriana Araújo contada no primeiro episódio desta série? Pois bem. Ela segue impactando e inspirando a carreira de outras atletas. Uma delas é Tatiana Chagas, de 31 anos, classificada para Paris na categoria até 54 kg.

Nascida e criada no bairro do Uruguai, em Salvador, Tatiana conta que, inicialmente, procurou um novo esporte para melhorar a autoestima. E o boxe surgiu como opção a partir do bronze conquistado por Adriana Araújo, em Londres 2012.

- Com 18 anos tinha acabado de concluir o ensino médio e estava procurando emprego. Também tinha autoestima baixa porque eu era gordinha, pesava 82, 83 quilos. Aí, entrei na capoeira, fiquei algum tempo, mas não era o que queria. Mas, um ano antes das Olimpíadas, vi uma reportagem da atleta Adriana Araújo na televisão, fiquei curiosa em saber sobre o boxe, não conhecia. Comecei a pesquisar, falei para a minha mãe que queria fazer - lembra Tatiana.

Inicialmente, a baiana teve dificuldade em encontrar um espaço para treinar diante dos altos preços de academias particulares e as dificuldades em encontrar um local de treino gratuito. A partir daí ela parou em uma academia que dava aula para crianças, e, depois, na Champion, de Luiz Dórea. E quis o destino que um desencontro com o treinador abrisse outras portas para a atleta.

Marquinhos é o principal mentor de Tatiana Chagas — Foto: Arquivo pessoal

- Com quatro meses treinando, professor Binho me levou na Champion, mas Dórea não estava. Voltei para casa, continuei treinando na sede. Aí um outro amigo falou que ia me levar na academia de Popó. Quem dava aula era o irmão dele, Nilton Freitas. Chegando lá, fiz o teste para treinar e acabei passando. Com seis meses treinando fui para o primeiro Brasileiro, fui medalha de prata.

- Aí a academia de Popó fechou, pensei em desistir, mas meu amigo Fabrício me levou na Champion. Cheguei lá e conheci o professor Marquinhos, que dava aula à tarde. Comecei a treinar com ele, que gostou de mim. Treinei com ele até a Seleção me chamar, em 2020, quando eu vim para São Paulo - complementou.

Tatiana Chagas conta origem no boxe e inspiração familiar

Tatiana Chagas conta origem no boxe e inspiração familiar

Na Academia Champion, seu mentor foi Marco Antônio Moreira Santos, de 55 anos, conhecido como Marquinhos. O grande mestre de Tatiana trabalhou por oito anos com Dórea, no bairro Cidade Nova. Mas desde a pandemia de covid-19 o promissor treinador criou o seu próprio projeto, o Instituto Triunfar, no mesmo bairro.

Na Champion já fazia o que faço no meu Instituto: formar atletas. Chegam com dez anos e viram cidadãos. Tatiana começou comigo com 18, 19 anos, e hoje vai para a Olimpíada".
— Técnico Marquinhos

O projeto ainda não tem instalações prontas (construção é tocada à base de vaquinhas e rifas), mas os treinamentos improvisados deram tão certo que ele ganhou elogios do técnico da seleção brasileira, Mateus Alves, que o classificou como "um dos maiores formadores de atletas do Brasil". Tatiana já é considerada uma realidade olímpica, inclusive.

- No rosto, na vontade, a gente sabia que era uma guerreira, que nunca desiste. Então a gente começou a tocar o treinamento, focar, várias batalhas, todo ano medalhando, sempre atrás da convocação que não chegava, mas chegou. E hoje mostrou que merece estar no lugar onde está. Primeira do Brasil, campeã sul-americana, prata no Pan-Americano e passaporte garantido para Paris - disse o técnico principal da seleção baiana de boxe.

O sonho de Tatiana Chagas é conquistar uma medalha olímpica para deixar a mamãe Tânia orgulhosa. É por ela que a baiana entra no ringue e treina todos os dias.

"Ela é meu ponto fraco. Tudo que faço é pensando em dar o melhor para ela, para a minha família, e espero dar mais orgulho para ela", disse Tatiana.

Tatiana Chagas e a mamãe Tânia — Foto: Arquivo pessoal

O técnico Marquinhos está cheio de confiança na aluna. E se a medalha de ouro não vier, que seja com prata ou bronze.

- Tatiana está em boas mãos. Disputando muitas competições fora, fazendo campings fora do país. A tendência é chegar forte nas Olimpíadas e, com fé em Deus, trazer uma medalha para a Bahia - projeta Marquinhos.

A gente sempre quer estar no lugar mais alto do pódio. Quero o ouro, mas se vier prata ou bronze será bem-vindo também. Minha vontade é imensa".
— Tatiana Chagas

Bárbara: cabeça de chave e esperança

Barbara Santos, uma das baianas classificadas para os Jogos de Paris — Foto: Wander Roberto/COB

Quem também está no "radar da medalha" é a baiana Bárbara Santos. Técnico da seleção brasileira, Mateus Alves considera que ela está no "rastro de conquista", classificação dos atletas que regularmente alcançam resultados expressivos.

- A gente pega o atleta e faz um comparativo nas grandes competições internacionais que foi. A Bárbara Santos foi medalhista mundial de bronze, campeã dos Jogos Sul-Americanos e Pan-Americanos. Se candidata a uma possível medalha olímpica, inclusive é cabeça de chave nos Jogos Olímpicos - explicou.

Como fazer a previsão de medalhas? Mateus Alves explica mapeamento de atletas

Como fazer a previsão de medalhas? Mateus Alves explica mapeamento de atletas

Bárbara Santos está classificada na categoria até 66 kg e também vem de um projeto social de boxe da capital baiana, realizado na Academia Nocaute, no bairro Pernambués. Aluna do famoso professor Mone Nocaute, ex-treinador da seleção brasileira, a atleta precisou de muita determinação para lidar com as dispensas até se firmar na Seleção.

- A Bárbara foi uma atleta que passou muita dificuldade. Foi convocada três vezes, dispensada, e, depois da terceira convocação, conseguiu se firmar. Está comigo desde o início, vem de outra modalidade. Começou o boxe comigo e teve essa confiança de mesmo indo para a Seleção querer saber como fazer o melhor - opina Mone.

Sua qualidade não é força, é a intensidade. Atleta que se movimenta bem, encaixa bem a mão de trás, por ter essa mobilidade facilita. Tenho certeza que vai chegar bem nos Jogos Olímpicos, e, com certeza, trazer medalha para a nossa Bahia".
— Mone Nocaute, sobre Bárbara Santos

Amônio Silva, de 46 anos, o Mone Nocaute, criou sua academia em 1999, depois de trabalhar com Luiz Dórea. Desde então emplaca atletas com participações importantes em ciclos olímpicos de sucesso (de 2016 a 2021).

A reportagem do ge tentou entrevistar Bárbara Santos ao longo da produção desta série, mas a agenda cheia da atleta, entre viagens e competições, dificultou o processo.

Ana Hissa fala do potencial do boxe baiano para as Olimpíadas de Paris

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Brasil recheado de talentos

Até aqui, a série Boxe de Ouro contou histórias que elevaram à Bahia ao topo deste esporte no país. Mas há muitos atletas de outros estados que também deixaram o sangue nos ringues e merecem destaque. Para isso, nada mais justo que listar os outros cinco pugilistas brasileiros classificados para buscar o pódio em Paris.

  • Até 50kg - Caroline Almeida;
  • Até 57kg - Jucielen Romeu;
  • Até 57kg - Luiz Oliveira;
  • Até 51kg- Michael Douglas;
  • Acima de 92kg- Abner Teixeira.

Assim como os baianos, todos eles se preparam sob liderança do técnico Mateus Alves, que comanda a Seleção permanente e tem uma meta traçada para Paris: trazer pelo menos três medalhas para repetir o feito de Tóquio 2021, na maior campanha da história do país no boxe.

Bia Ferreira treina com Mateus Alves, head coach da seleção brasileira permanente de boxe — Foto: Marcel Merguizo

- Nesses últimos 15 anos tivemos resultados expressivos. De modo geral, desde Londres, quando conquistamos três medalhas olímpicas. A gente vem tendo resultados expressivos em cada evento. Tivemos a melhor campanha dos Jogos Sul-Americanos da história em 2022, a melhor dos Jogos Pan-Americanos em 2023... Temos um grupo que vem quebrando muitas marcas. Também fizemos a melhor campanha nos Jogos de 2021, temos o melhor resultado de medalhas em mundiais nos últimos dez anos na história do boxe brasileiro.

"Então, é uma equipe já madura em relação a pressão. Obviamente que existe uma pressão para não ficar abaixo de Tóquio, mas a gente vem lidando bem", completa Mateus Alves.

A Equipe Olímpica Permanente comanda a preparação em Santo Amaro, Zona Sul de São Paulo. O objetivo é oferecer a todos os atletas uma instalação de alto nível e todo o suporte necessário ao longo do ciclo olímpico.

- Todo mundo recebe toda infraestrutura e investimento, salário, habitação, alimentação. Oferecemos uma estrutura profissional, com um controle de carga de treinamento, de calendário internacional, damos a mesma possibilidade para atletas desenvolverem no mesmo nível das potências do mundo. Passamos o ano inteiro lutando circuito europeu, fazendo training camps internacionais - iniciou o treinador do Brasil.

- Os atletas só treinam, não precisa ninguém trabalhar, ninguém precisa fazer outro tipo de atividade. Casa, comida, médicos, suplementos, nutrição, tem tudo para se desenvolverem. Fazer um processo de trabalho unificado, com investimento financeiro, é o que vai dar o retorno da medalha -complementou.

Desempenho dos atletas olímpicos nos últimos anos

Atleta Categoria Estado Participação em Olimpíadas Conquistas
Caroline Almeida Até 50kg Pernambuco Estreante Ouro no Pan 2023, prata no Sul-Americano 2022, bronze no Mundial 2022 e tetracampeã brasileira
Tatiana Chagas Até 54kg Bahia Estreante Prata no Pan 2023, ouro no Sul-Americano 2022 e tetracampeã brasileira
Jucielen Romeu Até 57kg São Paulo Tóquio 2021 (9º lugar) Ouro no Pan 2023 e prata no Pan 2019; ouro no Sul-Americano 2022, bronze no Mundial Militar 2021 e tetracampeã brasileira
Beatriz Ferreira Até 60kg Bahia Tóquio 2021 (2º lugar) Prata nos Jogos de Tóquio 2021, bicampeã mundial (2019 e 2023), prata no Mundial 2022, ouro no Pan 2019 e no Pan 2023; tricampeã do Torneio de Strandja, ouro no Sul-Americano 2018 e ouro no Mundial Militar 2021
Bárbara Santos Até 66kg Bahia Estreante Ouro no Pan 2023, ouro no Sul-Americano 2022, bronze no Mundial 2023 (70kg), prata no Mundial Militar 2021 e tetracampeã brasileira
Michael Douglas Até 51kg Pará Estreante Prata no Pan 2023
Luiz Oliveira Até 57kg São Paulo Estreante Bronze no Pan 2023, ouro no Sul-Americano 2022, bronze no Mundial Juvenil 2018 e bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude 2018
Wanderley Pereira Até 80kg Bahia Estreante Prata no Pan 2023, ouro no Sul-Americano 2022, prata no Mundial 2023 (até 75kg) e tricampeão brasileiro
Keno Marley Até 92kg Bahia Tóquio 2021 (5º lugar) Prata no Pan 2019 e no Pan 2023; ouro no Torneio de Strandja 2023, prata no Mundial 2022 (até 86kg), Prata no Sul-Americano 2022 e ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude 2018
Abner Teixeira Acima de 92kg São Paulo Tóquio 2021 (3º lugar) Bronze nos Jogos de Tóquio 2021, bronze no Pan 2019 e prata no Pan 2023, bronze no Torneio de Strandja 2023, ouro no Sul-Americano 2022 e ouro no Continental das Américas 2022

A Bahia é boxe

Joilson Santana, Luiz Dórea, Acelino Popó Freitas, Adriana Araújo, Robson Conceição, Hebert Conceição e Bia Ferreira são apenas alguns dos muitos personagens baianos que elevaram a força do boxe brasileiro.

Agora, Bia, Keno, Wanderley, Tatiana e Bárbara vão atrás do sonho olímpico para elevar o nome do estado mais uma vez. E a menos de 50 dias da Olimpíada de Paris, a série Boxe de Ouro deseja ótimas vibrações para os atletas baianos e todos os brasileiros que subirão aos ringues para fazer história.

A mensagem também é destinada aos demais esportistas do país, que lutam diariamente para realizar seu próprio sonho e o de muita gente que imaginou, ao menos uma vez, subir ao pódio olímpico ou apenas entrar em uma vila olímpica. Boa sorte, Brasil!

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