Por g1 Sorocaba e Jundiaí


Arma e munição foram apreendidas na casa do guarda de Jundiaí, assassinado pelo filho adotivo em São Paulo; esposa e filha também morreram — Foto: TV Globo/Reprodução

O adolescente de 16 anos que confessou ter matado a família dentro da casa, na Zona Oeste de São Paulo, se passou pelo pai em mensagens enviadas à Guarda Municipal (GM) de Jundiaí (SP), onde o homem trabalhava desde 2012.

De acordo com a GM, o guarda estava escalado para trabalhar no sábado (18). Como não compareceu ao posto de trabalho, um colega da corporação enviou mensagem pelo WhatsApp, questionando a ausência.

Se passando pelo pai, o adolescente respondeu as mensagens dizendo que estava com problemas de saúde e não poderia trabalhar naquele dia. Segundo a polícia, o pai foi morto na sexta-feira (17).

Conforme a corporação, a mensagem enviada a um agente de Jundiaí dizia: "Bom dia. Eu estou doente".

O pai, a mãe e a irmã do adolescente suspeito foram encontrados mortos na residência. No domingo (19), o filho do casal ligou para a Polícia Militar e confessou o crime. Os corpos ficaram três dias no imóvel.

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As mortes

De acordo com o delegado Roberto Afonso, responsável pela investigação, o adolescente relatou que na sexta-feira (17), após ter o celular e computador retirados pelos pais, decidiu matá-los.

O jovem afirmou que se relacionava bem com a irmã, mas como a mãe chegaria na casa depois de seis horas e ele tinha a intenção de também matá-la, não conseguiria manter a irmã em cativeiro e ela poderia impedir o crime.

Segundo relatou à polícia, primeiro, ele pegou a arma de fogo do pai, usada no trabalho como Guarda Civil de Jundiaí, e atirou contra o agente quando ele estava na cozinha e de costas, por volta das 13h.

A irmã, que estava no primeiro andar da casa, ouviu o disparo e gritou. O adolescente, então, foi até ela e atirou contra seu rosto. A jovem não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

O adolescente ainda relatou que foi para a academia após matar o pai e irmã. Ao retornar, esperou pela mãe, que foi assassinada assim que viu os corpos do marido e da filha. O adolescente colocou uma faca no corpo da vítima no dia seguinte.

Ainda de acordo com o delegado Roberto, o adolescente se surpreendeu ao saber pela polícia que seria apreendido. Contudo, não demonstrou arrependimento.

Celulares apreendidos pela polícia após adolescente matar pai, mãe e a irmã em SP — Foto: Paola Patriarca/g1

O caso foi registrado como ato infracional por homicídio, feminicídio, posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e vilipêndio de cadáver. O adolescente foi apreendido e levado à Fundação Casa.

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