Blog da Camila Bomfim

Por Camila Bomfim

Apresentadora do Conexão Globonews.

g1 e GloboNews — Brasília


  • Polícia Federal deflagra operação contra fraudadores do e-Título.

  • Seis mandados de busca e apreensão foram realizados em quatro cidades brasileiras.

  • Suspeitos utilizaram o aplicativo para inscrição eleitoral em nome de pessoas públicas.

  • Fraude cadastral foi identificada, mas não teve impacto nos sistemas de segurança eleitoral.

  • Tribunal Superior Eleitoral detectou o problema e identificou 158 registros de irregularidades, segundo a PF.

  • Fraudes ocorreram no segundo semestre de 2023, principalmente em títulos sem biometria.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (25) uma operação contra fraudadores do e-Título, que mudavam informações no cadastro do eleitor de forma criminosa.

A operação Eleitor Protegido cumpre seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), São Miguel do Gostoso (RN) e Maracanaú (CE).

Segundo a PF, os suspeitos foram responsáveis pela utilização ilícita do aplicativo e-Título para fins de inscrição eleitoral em nome de pessoas públicas.

Na prática, uma fraude cadastral – que nada atingiu os sistemas de segurança eleitoral. Em nota, o TSE afirmou que os fatos não têm "qualquer relação com o sistema de votação nem com o processo eleitoral" (leia a íntegra aqui).

Pessoa usa aplicativo e-Título, do TSE, em imagem de arquivo — Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasília

A PF diz que foi o próprio TSE quem detectou o problema e identificou 158 registros de irregularidades realizadas por meio do aplicativo.

Fontes disseram ao blog que a investigação apontou problemas em títulos sem biometria, em 2022, mas que as fraudes ocorreram no segundo semestre de 2023.

O TSE identificou as fraudes em títulos que não tinham essa camada adicional de segurança e alertou a PF, que deflagrou a operação.

Os investigadores ainda apuram a motivação para as fraudes e se havia um "objetivo maior" com a adulteração das inscrições eleitorais.

Por enquanto, os investigados devem responder pelo crime de invasão de dispositivo informático.

O que diz o TSE

Conheça as funcionalidades do e-Título, o aplicativo que facilita a vida do eleitor

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Leia a íntegra da nota divulgada pelo TSE:

"Em ação preventiva e permanente de verificação da lisura e do rigor de dados nos seus canais digitais, em julho de 2023 o Tribunal Superior Eleitoral identificou acessos irregulares no aplicativo e-Título, sem qualquer relação com o sistema de votação nem com o processo eleitoral, cuidando-se de informações relativas a dados e informações não sensíveis.

Foi imediatamente comunicado o fato com pedido de providências à Polícia Federal, do que resultaram as medidas por ela adotadas.

O Tribunal Superior Eleitoral permanece atento a qualquer abuso ou desvio de particulares em relação a dados inseridos nos sistemas disponíveis e de guarda da Justiça para garantia plena dos direitos, segurança e proteção total dos eleitores, como nunca deixou de ocorrer, nem será admitido".

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