O Assunto

Por g1 — São Paulo


Doença que assombra cidades após inundações, a leptospirose é causada por uma bactéria que penetra no organismo através de ferimentos, cortes, machucados e mucosas.

E, como explica o infectologista Renato Kfouri em entrevista ao podcast O Assunto desta quarta-feira (22), trata-se de uma doença bastante sintomática.

"Dor no corpo, mal-estar, febre, às vezes com meningite, sangramentos. Ou seja, é uma doença potencialmente grave, mas que, felizmente, nós temos tratamento."

"Os antibióticos indicados para esse tipo de infecção tratam e tratam adequadamente com cura esses indivíduos, se diagnosticados a tempo."

Imagem ilustrativa mostra casa inundada por enchente em Picada Mariante, no município de Venâncio Aires (RS) — Foto: Fábio Tito/g1

Nesta semana, duas mortes pela doença foram confirmadas por leptospirose no estado do Rio Grande do Sul. Uma em Travesseiro, cidade do Vale do Taquari, e outra em Venâncio Aires, cidade do Vale do Rio Pardo.

No início do mês, o Rio Grande do Sul sofreu com uma sequência de dias com fortes chuvas que inundaram o estado, deixando mortos, feridos e desabrigados.

Mas além da leptospirose, outras doenças devem estar no radar de autoridades, médicos e voluntários que atuam em abrigos após as enchentes.

"Nós temos doenças por ingestão, ingestão de água contaminada como a hepatite A. Surtos de hepatite A são descritos com frequência nessas situações. Febre tifoide, uma bactéria, a salmonela, que vive em águas contaminadas; diarreias de maneira geral, levando à desidratação", alerta Kfouri.

O colapso na saúde do Rio Grande do Sul

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