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Acordo que dá liberdade para Julian Assange, do WikiLeaks, repercute no mundo
O acordo que garantiu a liberdade do criador do site do Wikileaks repercutiu no mundo.
Na terra natal de Julian Assange, a notícia foi bem recebida. Em discurso no Parlamento da Austrália, o primeiro-ministro Anthony Albanese disse que o caso se arrastou por tempo demais.
“Apesar de ser um desdobramento bem-vindo, nós reconhecemos que os procedimentos legais de Julian Assange nos Estados Unidos são cruciais e delicados”, afirmou.
Nos últimos meses, Albanese vinha aumentando a pressão para que Assange não fosse extraditado e voltasse para a Austrália.
A Casa Branca informou que o acordo foi uma decisão independente do Departamento de Justiça americano e que não teve envolvimento.
Em abril, o presidente Joe Biden tinha dito que estava avaliando um pedido da Austrália para desistir do processo contra Julian Assange.
Primeiro-ministro da Austrália fala sobre acordo feito por Julian Assange com a Justiça dos EUA no Parlamento — Foto: JN
A ministra das Relações Exteriores da Alemanha afirmou:
“Só posso dizer que estou muito feliz que esse caso, que mexeu com as emoções das pessoas em todo o mundo, finalmente teve uma solução".
“Sua libertação e retorno para casa, ainda que tardiamente, representam uma vitória democrática e da luta pela liberdade de imprensa”, postou.
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas afirmou que o processo contra Assange cria um precedente perigoso ao abrir caminho para que jornalistas sejam julgados pela Lei de Espionagem se receberem material confidencial de delatores.
A ONG Repórteres Sem Fronteiras declarou que Assange não deveria ter passado um único dia na prisão por ter publicado informações de interesse público. A organização afirmou que vai defender uma reforma da Lei de Espionagem para que ela não seja usada contra a atividade jornalística.