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Por Jornal Nacional


STF retira da Justiça Federal do Rio processo que condenou Cabral por corrupção nos transportes

STF retira da Justiça Federal do Rio processo que condenou Cabral por corrupção nos transportes

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal abriu caminho para livrar o ex-governador Sérgio Cabral de mais uma condenação na Lava Jato do Rio. Os ministros atenderam a um recurso do empresário conhecido como “Rei dos Ônibus” num processo que apura corrupção no setor de transportes.

A Operação Ponto Final revelou que o esquema de corrupção no setor de transportes do Rio era um dos mais antigos do estado. As investigações do Ministério Público Federal mostraram que os empresários de ônibus pagaram R$ 500 milhões em propina a políticos em troca de benefícios, como reajustes injustificados de tarifas.

Jacob Barata Filho, considerado o “Rei dos Ônibus”, admitiu o esquema conhecido como “caixinha da Fetranspor” – a federação que reunia sindicatos de empresas - e devolveu R$ 80 milhões à Justiça.

“Realmente existia um caixa gerado pela Fetranspor para pagamentos a agentes públicos”, afirmou Jacob.

A ação foi um desdobramento da Lava Jato, que foi conduzida no estado do Rio pelo juiz Marcelo Bretas, da Sétima Vara Federal Criminal.

Mas, nesta terça-feira (14), o relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, atendeu ao pedido da defesa de Jacob Barata e votou para tirar a Operação Ponto Final das mãos do juiz.

Ele foi acompanhado pelos ministros Ricardo Lewandowski e Kassio Nunes. Edson Fachin ficou contra.

O entendimento da maioria foi de que a investigação do setor de transportes não tem conexão com outros processos da Lava Jato no Rio e não envolveria recursos da União. Portanto, não deve ficar a cargo da Justiça Federal.

O caso vai para a Justiça Estadual, com um juiz ainda a ser definido.

Agora, todas as decisões do juiz Marcelo Bretas nesse processo vão ser revistas por esse novo juiz, e isso abre a possibilidade de se anular, inclusive, a sentença do ex-governador e dos outros réus nessa operação. Sérgio Cabral foi condenado a 19 anos de prisão e Jacob Barata Filho, a 28. Os dois por corrupção.

Na semana passada, o STF também retirou do juiz Marcelo Bretas outro processo que condenou Sérgio Cabral, desta vez, por corrupção na área da saúde.

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