No entanto, essas ferramentas são especializadas e cumprem a função de iluminar o caminho muito melhor do que um celular, cuja bateria deve ser priorizada para fazer ligações em cenários de emergência, como quando falta energia elétrica.

Além disso, há diversos modelos de lanternas no mercado, com potências e formatos variados o suficiente para se adequar perfeitamente ao objetivo de uso do comprador.

Um exemplo são as lanternas de cabeça, que, por pesar menos e deixar as mãos livres, são ideais para fazer caminhadas.

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Abaixo, veja uma seleção de sete produtos escolhidos pelo Guia de Compras para ajudar na sua busca. Seus preços eram de R$ 40 a R$ 260, em junho, quando consultados nas lojas da Internet.

No fim da reportagem, leia dicas de especialistas sobre como determinar qual modelo se encaixa melhor às suas necessidades e entenda como interpretar as especificações das fabricantes.

A Mistik é um modelo de cabeça da Azteq, com 140 lúmens (unidade que mede o brilho da luz) de potência e 60 m de alcance (distância que o feixe atinge).

É o mais leve modelo da lista, com 50 g. Suas dimensões são 2,8 cm x 6,3 cm x 5 cm (altura x largura x profundidade).

Sua luz pode ser acionada na potência máxima, no modo de economia de energia e ainda no modo "pisca-pisca", feito para chamar atenção em situações de emergência.

A faixa regulável que envolve a cabeça é elástica, feita de nylon, enquanto a lanterna em si é de plástico ABS. O aparelho precisa de três pilhas AAA para funcionar, que não são inclusas.

Com garantia de 6 meses, o produto era vendido por R$ 60, em junho, nas lojas on-line consultadas.

A lanterna de mão Attack, da Guepardo, tem 150 m de alcance e potência de 140 lúmens.

Ela vem com bateria recarregável que, segundo a fabricante, dura até 8h e demora 5h para atingir a carga completa.

Funciona nos modos de intensidade forte, fraca e "strobo" (luz piscante). Tem também foco ajustável.

As dimensões do modelo são 3 cm x 13,2 cm (diâmetro x altura). Feito em alumínio e plástico, pesa 235 g.

O produto tem garantia de 90 dias e custava, em junho, R$ 260, nas principais lojas da Internet.

A One, da Invictus, tem 80 lúmens de potência e é a única da lista resistente à água (sem submergir).

Funciona a três pilhas AAA, com até 6h de duração. A luz pode ser acionada nas intensidades alta, baixa e modo "strobo" (luzes piscantes). O foco de luz é regulável.

Ela pesa 89 g e mede 11 cm x 31 mm (comprimento x diâmetro).

A garantia e o alcance do feixe de luz não foram informados pelo fabricante.

Em meados de junho, o produto era encontrado por R$ 57, nas principais lojas on-line.

A Power Led, da Mor, tem duas saídas de luz, uma com potência de 150 lúmens e outra de 100 lúmens. O alcance máximo da iluminação é de 100 m.

O modelo mede 23 cm x 7,5 cm x 7,5 cm (altura x largura x comprimento) e pesa 219 g. É feito de polipropileno (plástico).

De acordo com a marca, a bateria recarregável dura até 5h em cada saída. O carregamento leva de 10h a 12h.

O produto custava, em junho, R$ 40 nas lojas on-line consultadas. Tem garantia de 90 dias.

O NTK Team é um lampião de LED com potência de 1.000 lúmens. A fabricante não informa o alcance.

O modelo pode ser usado no formato lampião com dois ou quatro lados acesos. Duas das lâmpadas podem ser destacadas e utilizadas como lanternas.

O lampião necessita como fonte de alimentação três pilhas tipo D, enquanto que as lanternas destacáveis precisam de três pilhas AAA cada para funcionar.

As dimensões são 20,5 cm x 11 cm (altura x largura) para o lampião e 12 cm x 4 cm (altura x largura) para as lanternas.

O produto era encontrado por R$ 185, em junho, nas grandes lojas da Internet. A garantia é de 6 meses.

O modelo Cymba, da NTK, é uma lanterna de mão de 70 lúmens.

A fabricante não informa o alcance da lanterna, apenas que seu foco é ajustável com quatro níveis de "zoom".

Ela é compacta, pesando 70 g, mas também é o modelo recarregável com o menor tempo de duração da bateria da lista: 40 min, com 2h de carregamento.

Com 6 meses de garantia, o produto custava R$ 80, em junho, nas principais lojas on-line.

A lanterna de cabeça YJ-1898, da Yajia, é um modelo de 130 lúmens e 200 m de alcance.

Tem duas intensidades de iluminação (média e forte) e foco ajustável.

A bateria recarregável perdura por 20h, mesmo tempo que leva para o carregamento completo.

As dimensões são de 6 cm x 6 cm x 9 cm (altura x largura x comprimento) e o peso, de 200 g. O material da composição é plástico.

A garantia não foi especificada pela fabricante.

Em junho, custava R$ 45, nas lojas on-line consultadas.

EM CASA OU NO ACAMPAMENTO? O que vai ditar se o modelo escolhido é melhor para usar em casa ou em aventuras, como acampamento, é, em primeiro lugar, a potência da lanterna.

A potência é medida em lúmens e determina o quão intenso – ou seja, quão brilhante – é o feixe de luz do aparelho e quão longe é seu alcance.

“Para quem vai usar em casa, eu indicaria uma lanterna com no mínimo 50 lúmens”, sugere Almir Fabiano, gestor de e-commerce da LazerStore, loja especializada em artigos de aventura.

Esse valor, inclusive, está dentro da faixa de intensidade da maioria das lanternas de smartphones, que podem ter de 40 a 60 lúmens, segundo os especialistas. No entanto, a saída de luz desses aparelhos é difusa, diminuindo o alcance do feixe em comparação ao de lanternas com a mesma potência.

Apesar de quebrar o galho no dia a dia, a luz do celular não é indicada para uso em momentos de crise, pois a bateria do aparelho deve ser preservada para funções prioritárias, como ligações.

Se a ideia for apenas para usar em emergências em casa, não compensa comprar uma lanterna extra potente – e mais cara. “Se quiser mais potência, até 100 lúmens já seria suficiente”, acrescenta Fabiano.

“Num lugar fechado, com paredes, a luz bate e volta, então não precisa ser tão intensa”, explica Caulaine Souza, assistente de marketing da NTK, distribuidora de produtos para atividades ao ar livre.

Já para trilhas, acampamentos e caminhadas, onde o ambiente é aberto e não tem onde rebater a luz, a potência deve ser maior, mas ainda depende de quão técnica será a atividade.

“Se for um acampamento mais básico, que tem estrutura de eletricidade e luz, mesmo as lanternas de 30, 40 lúmens já dão conta”, afirma Almir Fabiano.

Já em campings selvagens, onde não tem toda essa infraestrutura, “lanternas com brilho a partir de 150 lúmens são mais adequadas”, opina Fabiano.

“Nessas atividades mais técnicas, tudo conta, inclusive o espaço que o equipamento ocupa. Nesse caso, o que é compacto ajuda mais, mas também é mais caro”, diz o profissional.

ALCANCE E FOCO Outros aspectos que influenciam o tipo de feixe de luz lançado pela lanterna são o alcance e o foco.

O alcance se refere à distância atingida pela luz. “Ele depende tanto da quantidade de lúmens quanto da qualidade da lanterna”, diz Fabiano. “O feixe de um modelo de 100 lúmens chega em média a 60 metros de distância”, completa.

O foco também influencia no alcance. “O foco é como o campo de visão da lanterna”, diz Caulaine Souza. Quanto maior, mais largo fica o feixe de luz, mas também menor fica o alcance.

Mesmo na lista acima, modelos como a Mistik, da Aztek, e Attack, da Guepardo, têm o mesmo valor de lúmens, mas alcances diferentes, conforme informado pelas fabricantes.

A maioria das lanternas de LED tem foco regulável, recurso descrito também como função "zoom".

TIPOS DE LANTERNA Além das lanternas comuns de mão, existem modelos dentro da categoria doméstica que contam com recursos voltados a atividades específicas.

Caulaine Souza, da NTK, indica alguns atributos que podem fazer a diferença na hora de satisfazer o objetivo da compra:

• Para caminhadas: as lanternas leves de cabeça são muito populares, pois deixam as mãos livres.
• Para viagens: a prioridade deve ser modelos com baterias recarregáveis e de longa duração, já que o acesso a pilhas e a fontes de energia pode ser mais difícil.
• Para acampamentos e emergências: as próprias lanternas comuns são as mais indicadas. Outro modelo útil nessas ocasiões são os lampiões de LED, que iluminam bem o ambiente.

Já para montanhismo e cavernas, Souza aponta que o melhor é investir em modelos táticos, que são mais resistentes e possuem potência mais alta que os domésticos, o que resulta em um feixe de luz mais brilhante, essencial em locais escuros e amplos.

A desvantagem é o preço, que fica muito acima que das lanternas domésticas. Uma lanterna de mão da tradicional marca Maglite, por exemplo, pode chegar aos R$ 3.000.

MANUTENÇÃO Alguns cuidados regulares podem aumentar a vida útil da sua lanterna após a compra.

Os refletores – a peça de alumínio que circunda a lâmpada – não devem ser tocados diretamente. “Devemos higienizar apenas as lentes”, diz Caulaine Souza. Para isso, basta limpar a lente com um pano úmido e secar depois.

Se a ocasião permitir, as pilhas devem ser retiradas e guardadas à parte. O aparelho deve então ser armazenado em um lugar sem umidade.

Para os modelos recarregáveis, os especialistas também recomendam descarregar e carregar completamente a bateria pelo menos uma vez a cada quatro meses, para garantir seu bom funcionamento.

Também é bom conferir a indicação do fabricante no manual, pois o tempo pode variar entre modelos.