O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem sido aconselhado a não ir a eventos com políticos que integram o governo de Jair Bolsonaro. Mas não tem seguido a recomendação.
NOSSA TURMA
Ele mesmo falou sobre isso em um jantar de empresário em apoio ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, na semana passada em São Paulo.
TURMA 2
Campos até discursou. E deu uma explicação singela: todos no governo Bolsonaro, em sua visão, são técnicos. E por isso ele não vê problema em se misturar com os ministros. A proximidade não macularia a sua autonomia e independência.
STATUS
O Banco Central ganhou recentemente por lei autonomia justamente com o argumento de que precisa ser blindado de influência política. Seus diretores agora têm mandato de quatro anos que não coincide com o do presidente da República.
CARIMBO
A decisão dos parlamentares foi questionada no Supremo Tribunal Federal (STF). Em votação marcada para esta quarta (25), a Corte deve confirmar as regras aprovadas pelo Congresso, mantendo a autonomia.
CARIMBO 2
Na semana, agências internacionais publicaram a informação de que Bolsonaro já está arrependido de ter apoiado a independência do BC, já que gostaria de influir mais na política monetária. Ele estaria incomodado com os índices inflacionários, que tradicionalmente corroem a popularidade de mandatários.
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com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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