A polícia apreendeu, nesta quinta-feira, no Bairro Campo Alegre, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, dois aparelhos de transmissão de sinais de internet, desviados de uma operadora de telefonia, que estavam em uma torre. Os transmissores avaliados em torno de R$ 600 mil eram usados por uma empresa de banda larga suspeita de atuar para a milícia de Gilson Ingrácio de Souza Junior, o Juninho Varão. A apreensão aconteceu durante uma operação deflagrada por policiais da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) e pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Rio de Janeiro (MPRJ).
Procurado pela polícia, e com mandado de prisão expedido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por chefiar uma milícia que atua em cinco bairros de Nova Iguaçu e em parte de Queimados, Juninho Varão também aparece, segundo dados da Receita Federal, como sócio administrador da empresa de banda larga. Ela está ativa desde 2018, e foi aberta com um capital inicial de R$10 mil.
A quadrilha, segundo a DCOC-LD e o Gaeco, movimentou cerca de R$ 10 milhões entre 2022 e 2023 e usava laranjas para lavar o dinheiro obtido com negócios irregulares como extorsões, venda de gás e sinal clandestino de internet, e cobrança de taxas de segurança.
Não houve prisões, mas além dos transmissores de internet desviados, a polícia apreendeu cerca de R$ 68 mil e um carro. O dinheiro estava com um homem que seria ligado a uma das empresas investigadas. Já o veículo, encontrado no Centro de Nova Iguaçu, constava como alvo de mandado de busca e apreensão.
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