Ana Maria Braga, de 75 anos, é hoje uma das maiores comunicadoras do Brasil, mas esse não era nem de perto o sonho dela de criança. Na juventude, ela tinha o sonho de ser médica e chegou a arriscar na vida para correr atrás dessa realização. A falta de grana foi um obstáculo, mas não a impediu de investir nos estudos.
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"Eu queria ser médica, tinha uma vontade enorme. Sempre gostei de animais, de cuidar... Eu achava a profissão bonita e, na minha época, era muito reconhecida na minha cidade no interior de São Paulo", disse Ana Maria, natural de São Joaquim da Barra, em sua participação no podcast "Podpah".
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Apesar do desejo de se tornar "doutora", ela não conseguiu apoio do pai dentro de casa.
"Meu pai, quando eu nasci, tinha 62 anos. Eu era filha única e ele achava que mulher era feita para casar, não sair de casa. Era do interior, ele era italiano, bravo. Era para eu ficar por ali, estudar, casar. Eu resolvi que não. Meu pai falou que se fosse assim, ele não se responsabilizaria", lembrou.
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A solução encontrada por ela foi fugir de casa. No podcast, a apresentadora relembra como foi:
"A faculdade era paga e tinha a Usp. Me falaram que se eu prestasse vestibular e passasse para Biologia, que chamava História Natural, no fim do quarto ano eu poderia, mediante um exame, e mudar para Medicina. Tínhamos as matérias em comum nos primeiros anos. Entrei nisso", disse me buscar, me trouxe de volta e disse que se eu fosse não era para contar com ele. Aí eu fui".
Na hora de fazer a faculdade, mais um obstáculo: a grana. Ana Maria contou que sempre estudou m colégios estaduais e municipais e que não tinha dinheiro para entrar em um cursinho e nem de pagar para entrar em Medicina.
"A faculdade era paga e tinha a Usp. Me falaram que se eu prestasse vestibular e passasse para Biologia, que chamava História Natural, no fim do quarto ano eu poderia, mediante um exame, e mudar para Medicina. Tínhamos as matérias em comum nos primeiros anos. Entrei nisso", disse Ana.
Nessa época, a apresentadora do "Mais você" precisou arrumar "bicos" de trabalho para se manter.
"Eu tinha que pagar o pensionato, eu morava em um quarto com seis meninas. Lance de faculdade mesmo".