Tecnologia

Por Júlia Souza*


Sundar Pichai, CEO do Google, foi criticado por sua decisão de acelerar o lançamento do chatbot da empresa, o Brad  — Foto: Eesan1969, CC BY-SA 4.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0>, via Wikimedia Commons
Sundar Pichai, CEO do Google, foi criticado por sua decisão de acelerar o lançamento do chatbot da empresa, o Brad — Foto: Eesan1969, CC BY-SA 4.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0>, via Wikimedia Commons

O anúncio desastroso do Bard, sistema de inteligência artificial do Google que irá concorrer com o ChatGPT, tem gerado críticas entre os próprios funcionários da gigante de tecnologia. Em mensagens internas obtidas pela CNBC, trabalhadores da empresa chamaram a divulgação de “apressada”, “equivocada” e “não Googley”.

Na última quarta-feira (8), ao apresentar o sistema de IA que conversa com os usuários, o Google apresentou uma informação equivocada gerada pelo Bard. A "escorregada" fez as ações da companhia despencarem 7%, gerando uma perda de US$ 100 bilhões em valor de mercado naquele dia.

Durante um evento, o chefe de pesquisa do Google, Prabhakar Raghavan, havia compartilhado brevemente alguns slides com exemplos dos recursos do Bard. Em um deles, o chatbot afirmava que o telescópio James Webb havia sido o primeiro a tirar fotos de um planeta fora do Sistema Solar - na verdade, esse marco foi realizado pelo telescópio European Very Large, em 2004

De acordo com mensagens obtidas pelo portal CNBC, que foram publicadas pelos funcionários em um fórum privado chamado Memegen, as reclamações foram direcionadas principalmente ao CEO do Google, Sunda Pichai.

“Caro Sundar, o lançamento do Bard foi apressado e malfeito”, dizia um comentário. “Por favor, volte a ter uma perspectiva de longo prazo.” Outro usuário dizia: “Apressar o Bard para o mercado em pânico validou o medo do mercado sobre nós”.

A posição do Google em inteligência artificial é um tópico que vem gerando preocupações internas há alguns meses. Em uma reunião geral realizada em dezembro do ano passado, funcionários chegaram a questionar lideranças da empresa sobre sobre a vantagem competitiva do Google em IA, já que o ChatGPT estava decolando aos olhos do público.

Na ocasião, os executivos responderam que empresa seria cautelosa na divulgação de uma ferramenta de conversação por IA, diante das limitações da tecnologia.

*Com supervisão de Juliana Causin

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