Itaú é a marca mais valiosa da América Latina, segundo ranking da Brand Finance; veja top 5

Setor bancário é destaque no levantamento, com 18 empresas listadas; relatório ainda mostra as marcas que mais cresceram, entre elas, Movida, Nubank, Localiza, Sabesp e Oxxo

Por Renata Turbiani


audima
ITAU — Foto: Reprodução

Empresas bancárias, de varejo, de cerveja e de energia, mais especificamente de petróleo e gás, dominaram metade do ranking anual das marcas mais valiosas da América Latina, o Brand Finance Latin America 100, elaborado pela Brand Finance, consultoria independente líder em avaliação de marcas.

+ Quer saber mais sobre inovação? Entre no grupo de Época NEGÓCIOS no WhatsAp.

Com um valor de US$ 8,7 bilhões (aproximadamente R$ 44,6 bilhões), o banco brasileiro Itaú ficou com a primeira posição. Seu sucesso se deve a fatores como maior margem financeira com os clientes, maiores comissões e taxas, lucros com seguros, principalmente no negócio de cartões, e estratégia digital.

De acordo com o estudo, a notoriedade, a familiaridade e a consideração da marca no Brasil dobram a média do setor. Daí a sua força, que este ano obteve uma pontuação de 84,4/100 e uma classificação de AAA.

“As 100 marcas mais importantes da América Latina valem 10% mais hoje do que em 2022. O setor bancário é o que contribui com o maior número, 18 no total", destaca Pilar Alonso Ulloa, diretora geral Ibérica (Espanha, Portugal) e América do Sul da Brand Finance, em comunicado. "Entre os motores de crescimento do setor bancário destacam-se a confiança, a excelência digital, o atendimento ao cliente e a acessibilidade.”

A segunda posição do ranking foi ocupada pela marca mexicana Corona (US$ 7,4 bilhões ou R$ 38 bilhões). Completam o top 5 a também mexicana Claro (US$ 5,5 bilhões ou 28,2 bilhões) e as brasileiras Bradesco (US$ 5,1 bilhões ou R$ 26,1 bilhões) e Banco do Brasil (US$ 4,9 bilhões ou 25,1 bilhões).

Top 10 marcas mais valiosas da América Latina — Foto: Brand Finance Latin America 100

Marcas que mais cresceram

No topo da lista das marcas que mais cresceram no Brand Finance Latin America 100 está a seguradora Athene, com alta de 128%, passando para US$ 2,6 bilhões (R$ 13,3 bilhões).

Com sede nas Bermudas, a empresa, em janeiro de 2022, fundiu-se com a Apollo Global Management, movimento que contribuiu para a sua elevação, juntamente com prêmios de anuidades mais elevados face ao ano anterior.

Outras marcas de destaques nesse quesito foram Movida (+121%), Nubank (110%), Localiza (+101%), SQM (+96%), Chedraui (+57%), Sabesp (+53%), Jumbo (+52%), Globant (+51%) e Oxxo (+50%).

Marcas que mais cresceram na América Latina em 2023 — Foto: Brand Finance Latin America 100

Marcas mais fortes

A empresa de laticínios e alimentos Lala é a marca mais forte do México e de toda a América Latina, com classificação AAA+. Ela superou a argentina Mercado Livre, cuja classificação foi AAA.

De acordo com a Brand Finance, a Lala, dona da Vigor, alcançou as melhores pontuações de familiaridade e consideração no seu país de origem, bem como as melhores classificações de fidelidade entre os consumidores.

A companhia apresentou sólido desempenho no segundo trimestres de 2023, com alta nas vendas de 5,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, e buscará impulsionar seu crescimento no Brasil e nos Estados Unidos.

O top 10 foi fechado com Natura, Telcel, Gamesa, EcoPetrol, Don Julio, Tia Rosa, Peñafiel e Renner.

Marcas mais fortes da América Latina em 2023 — Foto: Brand Finance Latin America 100

Já na lista de marcas com maior Valor de Percepção de Sustentabilidade, a liderança ficou com Corona Extra, seguida por Itaú, Claro, Modelo, Petrobras, Bradesco, Banco do Brasil, Telcel, Pemex e Natura.

Metodologia

Todos os anos, a consultoria Brand Finance avalia mais de 5 mil das marcas relevantes no mundo e publica cerca de 100 relatórios classificando companhias de todos os setores e países.

As 100 marcas latino-americanas mais fortes e valiosas do mundo estão incluídas no ranking anual Brand Finance Latin America 100. O valor da marca é entendido como o benefício econômico líquido que ela obteria se fosse licenciasse no mercado aberto. A força da empresa é a eficácia do desempenho de uma marca em medidas intangíveis em relação aos seus concorrentes.

Quer conferir os conteúdos exclusivos de Época NEGÓCIOS? Tenha acesso à versão digital.

Mais recente Próxima Sete em cada dez agências brasileiras usam o ChatGPT diariamente, aponta pesquisa

Leia mais