Futuro do trabalho

Por Sofia Schuck

Em ambientes de trabalho cada vez mais complexos e de sobrecarga, profissionais estão cada vez mais dependentes de 'instintos' e tendências — as formas padrão de pensar e se comportar quando não há tempo para pensar, em uma espécie de piloto automático e muitas vezes inconsciente do mundo ao redor. São associações simples em vez de conhecimento complexo: isso é bom e aquilo é ruim; se isso acontecer, faça isso ou aquilo, e etc. Pensando em entender com mais profundidade o comportamento humano no trabalho e como ele molda líderes, pesquisadores revisaram mais de 1.200 estudos e concluíram que as respostas estão na neurociência do desenvolvimento cerebral -- e isso começa na infância.

Mas afinal, como isto acontece? As evidências apontam que a qualidade de nossos relacionamentos com nossos cuidadores em apenas nove meses está bastante relacionada a atitudes subsequentes de autoridade -- o que pode afetar a forma como lideraremos no futuro. Já o grau de ansiedade que desenvolvemos pode ter ligação com os nossos relacionamentos parentais nos primeiros três anos de vida. E a capacidade de regular emoções é considerada cerca de 60% herdada geneticamente.

Segundo os pesquisadores, o motivo por trás da nossa personalidade ser moldada ainda na infância é porque caminhos neurais ou cadeias de células cerebrais são formadas pelas primeiras experiências e se tornam base para os comportamentos posteriores -- seja no trabalho ou em outros aspectos da vida.

A Fortune elencou três aspectos cruciais da liderança que sofrem essa influência e que quando temos tempo para focar neles, geralmente conseguimos gerenciar e controlar. No entanto, sob pressão e sem tempo, tendemos a agir conforme os comportamentos padrões associadas a caminhos neurais já estabelecidos. Confira:

1. No que focamos: atitudes em relação a risco e recompensa, preferência por informações e soluções familiares ou novas, e os tipos de pessoas que preferimos consultar e ouvir.

2. Nossa emocionalidade e capacidade de manter a compostura: tendência a sentir ansiedade, se vivenciamos mais emoções positivas ou negativas e se tendemos a internalizar ou externalizar nossas emoções.

3. Nossa capacidade de envolver pessoas e gerenciar relacionamentos: em particular, a sociabilidade geral, capacidade de resolver tensões e gerenciar conflitos e atitudes em relação à autoridade.

Embora a maioria das pessoas possa nunca conseguir mudar e considere difícil 'reprogramar' estas tendências, há algumas ações que podem ser feitas para tentar melhorar. Uma delas é identificar o passado e entender quais experiências específicas levavam a elas e como isso as afetava em condições de pressão.

Após identificar o comportamento que você deseja parar, tente fazer um plano e usar técnicas, como uma frase que você repete para si ou até mesmo o simples fato de ficar de pé. Por último, é possível ciar um novo caminho, substituindo o comportamento -- pode ser um script pronto para ajudar a gerenciar tensões. Por exemplo, se você é um pessimista que é cauteloso em relação ao risco, convide otimistas a contribuir e garantir que você não perca nenhuma oportunidade.

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