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Submarino — Foto: Getty Images
Submarino — Foto: Getty Images

“O que poderia dar errado?”. O questionamento foi feito em tom de brincadeira por Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions - empresa responsável pelo submersível Titan, que implodiu no ano passado a caminho dos destroços do Titanic -, durante entrevista à St. Jonh’s Radio, do Canadá, poucas semanas antes do ocorrido.

A revelação faz parte do novo documentário 'Minute by Minute: The Titan Sub Disaster' (Minuto a Minuto: O desastre do submarino Titan, em tradução livre) criado pelo Channel 5.

O programa ainda mostra que, na mesma entrevista, Rush contou que escolheu especificamente fazer a expedição em junho porque é o período quando as águas ao redor dos destroços do navio mais famoso do mundo estão supostamente “mais calmas”.

Alertas sobre segurança

A viagem do Titan até o Titanic aconteceu no dia 18 de junho. Estavam a bordo Rush, Hamish Harding, empresário e explorador britânico; Paul-Henri Nargeolet, especialista marítimo francês; Shahzada Dawood, empresário paquistanês britânico e seu filho de Dawood, Suleman. Todos morreram.

A embarcação desapareceu poucas horas após iniciar sua descida ao fundo do mar. E cerca de 80 horas depois, quando a reserva de oxigênio já estaria no final, seus destroços foram encontrados. De acordo com a Guarda Costeira dos Estados Unidos, houve uma “implosão catastrófica".

Rush teria sido avisado sobre a falta de segurança do Titan algumas vezes, mas mesmo assim decidiu continuar com as expedições – pelo menos 46 pessoas participaram delas em 2021 e 2022, conforme relatado pela Fortune.

Uma das pessoas que relatou problemas foi David Lochridge, ex-diretor de Operações Marítimas da OceanGate e piloto-chefe de submersíveis. “Esse submarino não é seguro para mergulhar”, escreveu ele em uma série de e-mails vazados no ano passado. “Não quero ser visto como um fofoqueiro, mas estou muito preocupado que [Rush] mate a si mesmo e a outras pessoas na tentativa de aumentar seu ego.”

Rob McCallum, que esteve envolvido no desenvolvimento das expedições Titanic da OceanGate, foi outra pessoa que compartilhou seus temores com o chefe. “Você está querendo usar um protótipo de tecnologia não classificada em um lugar muito hostil. Por mais que eu aprecie o empreendedorismo e a inovação, você está potencialmente colocando uma indústria inteira em risco”, observou em um e-mail.

A Fortune destaca que o dono da empresa admitiu algumas vezes que violou regras na construção do Titan. Em entrevista de 2021, ele disse: “Quebrei algumas regras para fazer isso. A fibra de carbono e o titânio... existe uma regra que proíbe isso. Bem, eu fiz”.

Além disso, em um episódio do The Travel Show, da BBC, de 2022, Rush rejeitou as preocupações sobre um “estrondo muito alto” durante um mergulho anterior no submarino.

Ele ponderou que “não era um som calmante”, mas minimizou o perigo, acrescentando que “quase todos os submarinos de águas profundas fazem barulho em algum momento”.

Em mais um momento, o empresário teria afirmado que entendia que suas práticas iam “contra a ortodoxia submersível, mas essa é a natureza da inovação”. Também enfatizou que estava “cansado dos participantes da indústria que tentam usar um argumento de segurança para impedir a inovação e novos participantes de entrarem no seu pequeno mercado existente”.

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