Após a turbulenta demissão e posterior readmissão de seu fundador e CEO Sam Altman, a OpenAI anunciou a formação de um novo conselho de administração. Acreditava-se que investidores externos da empresa assumiriam uma cadeira, mas uma fonte afirmou à Reuters na terça-feira (28) que isso não acontecerá.
Essa decisão, destaca o The Information, significa que a criadora do ChatGPT priorizará a segurança da IA em vez da busca pelos lucros dos investidores.
A Microsoft é o maior financiador do negócio, tendo aportado mais de US$ 10 bilhões (aproximadamente R$ 48,8 bilhões). Outros apoiadores importantes são Khosla Ventures e Thrive Capital.
“Não sei se será a escolha da OpenAI deixar a Microsoft fora do conselho. A Microsoft terá algo a dizer sobre isso, dada a quantidade de dinheiro que investiu”, disse Thomas Hayes, presidente do fundo de hedge Great Hill Capital, à Reuters, acrescentando que não seria do interesse da big tech “ficar passivamente”.
Satya Nadella, CEO da companhia fundada por Bill Gates, disse anteriormente que queria mudanças na estrutura de governança da OpenAI, após a destituição de Altman pelo conselho.
Durante uma entrevista para a jornalista de tecnologia Kara Swisher, em 21 de novembro, o executivo também sugeriu a possibilidade de ter um assento no conselho da startup. “Vamos ultrapassar isso se isso acontecer, mas acho que precisaremos ter certeza de que nossos interesses são sólidos”, comentou.
Por enquanto, o novo conselho será formado por Larry Summers, ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos; Bret Taylor, ex-co-CEO da Salesforce, e Adam D'Angelo, fundador do Quora. Eles deverão considerar candidatos para preencher mais seis posições.
O portal Business Insider informa que a OpenAI tem uma estrutura de governança incomum, na qual seu braço com fins lucrativos é governado por um conselho sem fins lucrativos, e cujo objetivo é manter a empresa focada em cumprir a sua missão de construir IA para o benefício da humanidade.
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