![Envelhecimento — Foto: Getty Images](https://cdn.statically.io/img/s2-epocanegocios.glbimg.com/mHfapqNs-_bX6vdgaN67BAhPZiE=/0x0:2059x1456/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_e536e40f1baf4c1a8bf1ed12d20577fd/internal_photos/bs/2023/p/V/cYg7JNTYSiGzbzTP1i1A/gettyimages-pha269000050.jpg)
Uma pesquisa desenvolvida por pesquisadores da Universidade do Texas encontrou uma molécula capaz de reativar a enzima telomerase reverse transcriptase (TERT) -- e que pode ser uma aliada na luta contra o envelhecimento .
Segundo um estudo publicado na revista Cell, a molécula ajuda na renovação de neurônios, na redução de inflamações e na melhora da memória, velocidade, coordenação e força. A pesquisa ainda deve passar por estudos clínicos.
A enzima é responsável por ajudar na divisão das células do organismo e tende a reduzir a quantidade conforme envelhecemos. Sem a quantidade adequada, o processo de divisão celular pode, eventualmente, danificar o DNA, causando danos como grandes inflamações, sinais de envelhecimento, danos em tecidos e câncer.
O objetivo dos pesquisadores era encontrar uma substância que possa reativar o funcionamento adequado da TERT. Até o momento, o estudo foi guiado por experimentos em ratos com uma idade equivalente a 75 anos em adultos.
Os pesquisadores analisaram cerca de 650 mil animais para encontrar uma molécula (posteriormente chamada de TAC) capaz de ativar a enzima e a administraram por seis meses em roedores. Como resultado, eles observaram o crescimento de novos neurônios nas áreas responsáveis pela memória e a melhora de desempenho dos ratos em testes cognitivos.
O estudo também notou uma melhora na força muscular e na coordenação motora dos animais, mostrando uma recuperação das funções neuromusculares.
A TAC também foi capaz de reduzir processos inflamatórios causadores de doenças ligadas ao envelhecimento.
Segundo o autor da pesquisa, Ronald DePinho, o estudo pré-clínico foi promissor e, apesar de um aprofundamento ainda ser necessário, a descoberta pode ter grande impacto na forma como lidamos com os efeitos da idade no corpo humano.
De acordo com DePinho, a TAC é facilmente absorvida por todos os tecidos e pelo sistema nervoso central. O objetivo agora é descobrir o impacto de longo prazo da TAC no corpo.