360

Por Juliana Causin, Marisa Adán Gil, Lia Hama, Júlia Souza e Soraia Alves


Para inovar e criar soluções novas, é preciso diversificar, dizem CEOs  (Foto: Getty Images) — Foto: Epoca Negocios
Para inovar e criar soluções novas, é preciso diversificar, dizem CEOs (Foto: Getty Images) — Foto: Epoca Negocios

Mais do que uma meta para melhorar as métricas de ESG, a diversidade é uma questão de sobrevivência para os negócios. Ter um quadro de colaboradores e líderes que reflitam a multiplicidade da sociedade é fundamental para criar soluções abrangentes. Por fim, somente perspectivas diversas podem trazer um olhar inovador para os problemas do nosso tempo.

Essas são algumas das razões pelas quais, segundo CEOs de empresas vencedoras do Época NEGÓCIOS 360º, as corporações precisam ser diversas caso queiram ser também inovadoras e perenes.

"A diversidade é fundamental para a competitividade dos negócios porque os nossos clientes são diversos”, lembra Lídia Abdalla, presidente do Grupo Sabin. “Quando a empresa conta com equipes diversas, com diferentes pensamentos, vivências e histórias, ela tem também a representatividade da sociedade dentro da organização. E isso ajuda no desenvolvimento de novos produtos e no desenho de diferenciais para o cliente.”

Com um Comitê de Diversidade e Inclusão desde 2018, a companhia fundada por duas bioquímicas, Janete Vaz e Sandra Soares Costa, tem mulheres em 75,5% dos cargos de liderança. Dos 7 mil profissionais, cerca de 59% são autodeclarados negros.

No caso da empresa química Rhodia, a grande vencedora do Época NEGÓCIOS 360º, um dos desafios da CEO, Daniela Manique, é o de impulsionar a diversidade em um setor historicamente dominado por homens e com pouca inclusão racial. Uma questão que, para ela, é fundamental para a perenidade dos negócios. “A gente tem tentado diversificar, porque acho que isso dá resultado. Já está comprovado que não é uma bondade da empresa, é uma questão de sobrevivência.”

Hoje, 58% das empresas brasileiras possuem metas para ampliar a presença de mulheres em posições de liderança, segundo pesquisa Ethos/Época de Inclusão de maio deste ano. A análise mostra também que 39% das organizações trabalham com compromissos para recrutamento e seleção para profissionais negros - um avanço em relação a 2018, primeira edicão do levantamento, quando o número era de 27%.

Diversidade para inovar

Raphael Duailibi, CEO da gigante do serviços de atendimento AeC, destaca que as lideranças precisam ter um papel ativo se quiserem, de fato, transformar a realidade de seus quadros internos. “Não é algo que a gente pode simplesmente deixar acontecer.”

Para o executivo, um dos ganhos dos negócios ao adotar políticas afirmativas de gênero e raça é a melhora na capacidade da empresa em inovar. "Para ter inovação, é preciso enxergar um problema por diferentes ângulos, e isso só é possível se você tem times diversos, com um olhar único de cada perspectiva", avalia.

O CEO no Brasil para a Schneider Electric, Marcos Matias, concorda com Duailibi.“Essa relação é tudo. Toda inovação precisa incorporar diversidade, não só de gênero, mas de raça e cultura. Nós aplicamos isso dentro da Schneider, e é por isso que nós somos uma empresa inovadora.”

Mais recente Próxima Qual é o papel dos escritórios em um mundo híbrido? 9 CEOs respondem
Mais do Época NEGÓCIOS

Em meio a uma crise energética que afeta várias regiões do continente, alguns países africanos estão recorrendo aos navios turcos para suprir suas necessidades de eletricidade

Usinas flutuantes são a solução para a crise energética na África?

À medida que a população envelhece, o Japão vive um fenômeno que surgiu na década de 1980 e que está cada vez mais comum: o 'Kodokushi', ou "morte solitária" -- oficialmente definido como aquele em que “uma pessoa morre sem ser cuidada por ninguém, e cujo corpo é encontrado após um certo período"

Como a tecnologia é usada no Japão para tentar conter epidemia de "morte solitária"

Golpistas e indivíduos mal-intencionados podem se aproveitar da falta de conhecimento do público para divulgar informações distorcidas ou incompletas, com o objetivo de manipular o mercado ou aplicar golpes

Fique atento aos riscos de se informar financeiramente por meio da internet

O estudo aponta que a descoberta foi realizada ao estimular o crescimento de um nervo chamado neurotrofina-3 (Ntf3) nos animais criados em laboratório

Cientistas criam ratos com super-audição para estudar perda auditiva em humanos

Lançado no início deste ano, o 2Nite usa uma rede de câmeras em vários estabelecimentos da Bay Area para fornecer informações remotas sobre o que está acontecendo nesses locais em tempo real

Novo aplicativo permite aos moradores de São Francisco 'espionar' bares para ver se eles estão cheios

É uma estratégia usada por grandes mentes ao longo da história... mas envolve esforço mental.

Como o 'primeiro princípio', antigo método de pensamento, nos ajuda a achar soluções criativas para problemas

A empresa farmacêutica animal Better Choice é uma das companhias que já anunciou que começou pesquisas nessa linha, com um investimento de US$ 1,5 milhão em testes clínicos.

Farmacêuticas buscam 'Ozempic pet' para cães e gatos acima do peso

“Para além dos mercados europeus, vemos um grande potencial em nossos mercados mais novos, nos EUA, Austrália, Nova Zelândia, Cingapura, Japão e Brasil”, diz o banco digital britânico no seu balanço

Banco digital Revolut chega a 45 milhões de clientes em junho

A expectativa é que o wearable seja um substituto do smartwatch - oferecendo funções semelhantes, mas em uma versão menor, com foco principalmente na saúde e bem-estar dos usuários

Samsung deve lançar Galaxy Ring em julho; veja para que serve e o quanto deve custar

Reportagem da Reuters encontrou arquivos policiais e judiciais nos Estados Unidos com denúncias sobre "centenas de vídeos sexualmente explícitos e imagens de menores – crianças a adolescentes – que apareceram no OnlyFans", diz o documento

OnlyFans garante que não há crianças na plataforma, mas investigação mostra o contrário