A Ministra do Planejamento, Simone Tebet, questionou nessa terça-feira (2) o tempo de mandato do presidente do Banco Central.
A chefe da pasta ainda defendeu uma mudança no período do mandato para evitar que o nome escolhido por um governo passe dois anos no cargo durante uma nova gestão do Executivo. Segundo o Tebet, o atual mandato de quatro anos pode gerar estresse e ruído.
"Acho que seria saudável a autonomia do Banco Central, mas eu questionei esses dois anos de um presidente do Banco Central de governo passado. Eu fiz uma questionamento, acho que um ano é mais do que suficiente, que é o tempo de se adequar e passar o bastão. Mas, repito, não é porque isso significa haver interferência do Executivo ou do Legislativo no Banco Central, mas realmente, dois anos eu acho que cria esse estresse."
Declaração da ministra ocorre depois que o presidente Lula voltou a criticar a autonomia do Banco Central e também a criticar o atual presidente Roberto Campos Neto, foi escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Atualmente, o mandato para o Banco Central dura quatro anos e começa na metade de um governo. Bolsonaro indicou Campos Neto em 2020. A previsão é que Lula possa fazer uma nova indicação no final deste ano.