• Ana Beatriz Hoffert
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Batizada de Sandi, a solução sustentável para países de baixa renda que sofrem com a falta de saneamento básico foi desenvolvida pelo o jovem designer Archie Read. O vaso sanitário é feito de areia ao invés de água, e deve ter capacidade de 30 litros de resíduos líquidos, o que equivale em média excrementos de até três dias para uma família de sete adultos. 

Banheiro sustentável utiliza areia ao invés de água (Foto: Reprodução/Archie Read)

'Sandi' é o nome do projeto do vaso sustentável (Foto: Reprodução/Archie Read)

O protótipo de Read seguiu os seis princípios fundamentais da metodologia do design total: a necessidade e o problema do usuário, a especificação da aparência do produto, o design conceitual, os detalhes, os processos de fabricação e a parte de vendas após a produção.

Sem custos operacionais, o vaso funciona por meio de uma descarga mecânica, que utiliza uma esteira transportadora que move os resíduos do vaso sanitário para um armazenamento que fica abaixo do corpo. 

Depois de fixá-lo no chão, o produto deve ser preenchido com areia e já estará pronto para uso. Ao encher o corpo, o material deve se mover para dentro de uma tigela, assim, o usuário libera seus excrementos e, ao utilizar a descarga, espera que a areia empurre a sujeira para dentro da escotilha que passa pelo armazenamento abaixo.

Banheiro sustentável utiliza areia ao invés de água (Foto: Reprodução/Archie Read)

 Modo d usar (Foto: Reprodução/Archie Read)

Além disso, o designer colocou uma divisória para separar o líquido do sólido, pensando que o usuário pode utlizar as fezes como adubo, uma vez que não estarão contaminados com urina.

O único problema encontrado pelo estudante são os custos de produção, que se apresentaram quatro vezes maiores do que os planejados. Custando 72 dólares por unidade, ele planeja conseguir investimentos de empresas do segmento para a iniciativa realmente sair do papel e receber mais visibilidade.