Como preparar o pet para a chegada de um bebê na família

Ela conta que é importante deixar que seu cão ou gato crie vínculo com o bebê. "Os animais costumam se adaptar muito bem com a presença de crianças. Porém, como recebiam toda a atenção dos donos até então, começam a ter ciúmes devido a atenção dividida".

Deixar o pet em segundo plano está fora de cogitação - os cachorros podem apresentar comportamentos estranho se receberem menos atenção do tutor, lembra a profissional. "Eles passam a ficar mais 'bagunceiros': urinam e defecam em locais impróprios e que não eram utilizados, passam a latir com mais frequência, o que pode atrapalhar o sono da criança, e até começam a destruir móveis e objetos da casa", enumera.

Aline diz como fazer com que essa transição seja natural para o bichinho. "Leve o pet para conhecer o novo quartinho do bebê, para ele sentir os novos cheiros do ambiente e entender que algo está diferente. - Antes de o bebê chegar em casa, pegue uma peça de roupa dele e dê para o animal cheirar. E não esqueça de apresentar o bebê ao animal quando chegar em casa. Para isso, é preciso que os cuidados básicos de vacina, vermífugo e alimentação de seu cão ou gato esteja em dia".

Isola-lo nesse período não é aconselhado - afinal, o animal e a criança conviveram por anos. "Ele deve se sentir parte da família. Guarde um tempo do dia para o pet, para que ele se sinta amado e seguro. E quando ele estiver sozinho, deixe brinquedos para que gaste energia", recomenda a professora da UniEduk.

A veterinária aponta os benefícios de manter o animal por perto ao longo do crescimento do filho. "Eles ajudam no desenvolvimento emocional, social e motor das crianças. Elas se tornam mais sensíveis, empáticas e desenvolvem o senso de responsabilidade. Crianças que têm contato com animais apresentam menos infecções, alergias e problemas respiratórios", garante.

Além de tudo, adaptar o animal à nova realidade familiar ajuda a evitar um problema cruel na sociedade: o abandono de animais, muito por conta da falta de informação e mitos relacionados ao tema. "Os gatos são os que mais sofrem com isso, pois alguns profissionais recomendam a retirada do animal da casa por conta da informação errônea de que o contato direto com ele pode transmitir doenças, como a toxoplasmose. Mas isso não é verdade. A forma mais comum de transmissão dessa doença para seres humanos é pela ingestão de carnes cruas e alimentos mal lavados, esclarece.