Vincent van Gogh é um dos pintores mais consagrados da história da arte, tanto que já passou a fazer parte da cultura pop. Seu rosto e suas obras são facilmente encontrados em cadernos, canecas, camisetas e outros objetos de decoração. Sua trajetória, por sua vez, é um tanto conturbada e cheia de reviravoltas. Por isso, a melhor forma de conhecê-lo é através das cartas enviadas ao irmão, Theo.
Um compilado dessas correspondências estão disponíveis no livro "Cartas a Theo", lançado pela Editora 34. Além do irmão, a obra também revela as cartas escritas a outros nomes importantes de sua carreira, como sua cunhada, Johanna van Gogh-Bonger, seu pai e o pintor Paul Gauguin. Nos textos, o artista compartilha decisões e desesperanças; comenta as obras dos pintores que admira e os livros que lê; pede tubos de tinta e reclama da penúria material; mas sobretudo reflete acerca de suas próprias telas.
![Cartas a Theo — Foto: Reprodução/Amazon](https://cdn.statically.io/img/s2-casavogue.glbimg.com/3O7F4UyyeGXKkHSFkupgAqVef4o=/0x0:2120x1934/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_d72fd4bf0af74c0c89d27a5a226dbbf8/internal_photos/bs/2024/n/e/Ps9rbdQRG5ZacRWDuCwQ/captura-de-tela-2024-05-27-as-22.15.56.png)
Apesar de ter nascido em 1853, Van Gogh decide ser artista apenas em 1880. Ele já havia trabalhado como marchand, pregador e livreiro. Em 1887 passa a viver em Arles, no sul da França, onde, por alguns meses, hospeda o pintor Paul Gauguin. Com o rompimento da amizade e a partida de Gauguin, o pintor corta uma parte de sua orelha esquerda – fato que ficou marcado em sua trajetória até hoje. Em 1889, decide se internar no asilo Saint Paul de Mausole. Ao longo desse período, são constantes as crises nervosas que interrompem o trabalho do artista. Mesmo assim, é nesse período que ele produz cerca de 900 telas. Em julho de 1890, porém, ele comete suicídio.
A tradução de "Cartas a Theo" fica por conta de Felipe Martinez, doutor em História da Arte pela Unicamp com pós-doutorado pelo Museu de Arte Contemporânea da USP e pela Universidade de Amsterdã. A organização é de Jorge Coli, professor emérito da Universidade de Campinas e professor titular de História da Arte e da Cultura no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp.
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