Os destaques da Art Basel 2024

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Além de ocupar os corredores do espaço, a arte também toma conta das ruas de Basiléia. Um exemplo é o setor Parcours, com curadoria pela primeira vez de Stefanie Hessler, diretora do Swiss Institute, em Nova York: transferido para Clarastrasse, uma longa rua que liga os salões da feira ao rio Reno, a seção apresenta obras produzidas por 23 artistas, incluindo Alvaro Barrington, Stephanie Comilang e Dominique Gonzalez-Foerster, em colaboração com Paul B. Preciado.

Atravessando a Middle Bridge, ao chegar no histórico Merian Hotel, é possível ver outra intervenção da Art Basel na cidade, já que a fachada do edifício foi transformada pela instalação do artista kosovar Petrit Halilaj. Chamada When The Sun Goes Away We Paint The Sky, a obra é baseada no ensaio de Njomza Vitia, escrito em 2014, e pinta a construção com luzes encantadoras pós o entardecer. Ainda, a instalação celebra o 30º aniversário da parceria entre UBS e Art Basel.

Na feira, também chama a atenção o setor Unlimited, sob a curadoria de Giovanni Carmine, que se destina a obras monumentais. Um destaque desta seção é a instalação Security Fence (2005), de Liza Lou, que apresenta uma réplica de cerca de prisão composta de contas de vidro em aço e arame farpado. Outro setor que vale a visita é o chamado Film, com curadoria de Filipa Ramos e Marian Masone, que apresenta o cinema dos artistas mais visionários da atualidade.

A instalação Premium Economy (2023) de Anna Uddenberg, também gera inquietação e reflexão. Através de esculturas impressas em 3D, a artista mostra uma visão desafiadora de corpo, sexo (ou gênero) e da estética da mercadoria ao misturar corpos em formatos peculiares e objetos. A artista sueca também trará ao evento outras esculturas inspiradas em assentos de avião pelas galerias Meredith Rosen e Kraupa-Tuskany Zeidler. Ativadas por meio de um grupo de mulheres performers, as obras refletem sobre o desconforto corporal presente em espaços aeroportos ou salas de espera.

Outra atração da Art Basel que vale a pena conferir é a série fotográfica The Americans, que definiu a carreira de Robert Frank, na Pace Gallery. Com 84 fotos em preto e branco, a galeria expõe a documentação do fotógrafo suíço sobre a América dos anos 1950 na íntegra. Uma raridade que também estará presente na feira é uma instalação de Donald Judd, o padrinho do minimalismo. Datada de 1970, a obra consiste em um conjunto de painéis de ferro galvanizado de 1,5 metro de altura e ocupa a Gagosian Gallery.

Para completar, a Galerie Templon apresenta uma instalação de cordas e papel em tons vermelhos intitulada The Extended Line (2023). A obra, criada por Chiharu Shiota, narra a sobrevivência do artista japonês ao câncer ao mesmo tempo que incorpora uma exploração mais ampla das linhas de vida e da linearidade através de suas cordas de centenas de quilômetros de comprimento que seguram réplicas de partes do corpo de Shiota. Ainda vale ressaltar que a Art Basel conta com o setor Kabinett: com 23 participantes, a seção é dedicada à curadoria de apresentações de artistas individuais em meio a exibições coletivas.

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