!["A Ferradura Dourada", de Laurent Ballesta — Foto: Laurent Ballesta/Wildlife Photographer of the Year (WPY)](https://cdn.statically.io/img/s2-casavogue.glbimg.com/8DOdgP-VlGK5qeeWWAqpr65swLw=/0x0:1900x1140/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_d72fd4bf0af74c0c89d27a5a226dbbf8/internal_photos/bs/2023/Y/p/VGXoTZQDOsduSbF2CNbQ/foto-1-.jpg)
Mais de 50 mil fotografias, feitas por indivíduos de 95 países, competiram pelo reconhecimento do prêmio Wildlife Photographer of the Year (WPY), que prestigia as melhores imagens capturadas da vida selvagem. O grande vencedor de 2023 foi o francês Laurent Ballesta, que registrou uma imagem “assustadoramente bela” de um caranguejo-ferradura.
Como informa o site oficial da premiação, que lhe concedeu o prêmio na Categoria Adulta, Laurent observou um caranguejo-ferradura de três espinhos se mover lentamente sobre a lama, em busca de comida. Para a imagem, intitulada “A Ferradura Dourada”, ele se concentrou na carapaça dourada e protetora do caranguejo-ferradura e no trio de trevallies dourados juvenis prontos para descer em busca de pedaços comestíveis arados em seu rastro.
Para a editora e presidente do júri, Kathy Moran, “ver um caranguejo-ferradura vivo de forma tão vibrante em seu habitat natural, de uma forma tão assustadoramente bela, foi surpreendente. Entender que o que estávamos vendo era uma espécie antiga, altamente ameaçada e também crítica para a saúde humana – fiquei pasma. Esta foto é luminescente”.
A espécie dos caranguejos-ferradura existe há mais tempo do que os dinossauros, com registros fósseis datando de incríveis 475 milhões de anos. No entanto, hoje em dia, essas criaturas antigas enfrentam sérias ameaças devido à destruição do seu habitat natural e à pesca excessiva. Em diversas regiões do mundo, esses caranguejos são capturados principalmente pelo seu valioso sangue azul, que é utilizado no desenvolvimento de vacinas.
Segundo informações do Wildlife Photographer of the Year (WPY), Laurent é autor de 13 livros de fotografia sobre vida selvagem subaquática. Como cofundador da Andromède Océanologie, ele lidera grandes expedições há 10 anos. O francês ilustra o mundo subaquático tanto como naturalista quanto como artista, seja capturando as primeiras imagens de um celacanto tiradas por um mergulhador a uma profundidade de 120 metros, documentando 700 tubarões ao largo de Fakarava caçando à noite ou fotografando o mergulho mais profundo e mais longo em Antártica.
![Imagem surpreendente de caranguejo-ferradura é eleita a melhor foto selvagem de 2023 — Foto: Carmelo Bechler/Wildlife Photographer of the Year (WPY)](https://cdn.statically.io/img/s2-casavogue.glbimg.com/o4R_AkOQHCYish5PTOsS1pIbKzI=/0x0:1920x1280/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_d72fd4bf0af74c0c89d27a5a226dbbf8/internal_photos/bs/2023/y/n/Q7lxV7SyaAGBP0OUdshg/foto2.jpg)
Na Categoria Jovem, o vencedor foi o israelense Carmelo Bechler. O jovem descobriu várias corujas em um prédio abandonado de concreto perto de uma estrada movimentada. Kathy Moran, editora e presidente do júri, observa como “esta fotografia tem tantas camadas em termos de conteúdo e composição. O olho atravessa a estrada, atravessa o trânsito antes de avistar as corujas. Grita simultaneamente a destruição e a adaptação do habitat, levantando a questão: se a vida selvagem consegue adaptar-se ao nosso ambiente, porque não podemos respeitar o deles?”.
O Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano, em sua 59ª edição, é produzido pelo Museu de História Natural de Londres. As imagens serão exibidas no local a partir da próxima sexta-feira (13).