Elas estavam por toda parte: peças reluzentes, com brilho próprio e um quê futurista protagonizaram muitos dos lançamentos em Milão. A tendência, que já havia desfilado nas passarelas da moda e no showbiz (obrigado, Beyoncé!) há pouco tempo, chegou de vez na decoração, com móveis, objetos e acabamentos manifestando a elegância e irreverência da cor prata e do efeito cromado. O aço inoxidável, o alumínio e o cromo, comumente relegados a funções utilitárias, emergiram como um traço dominante.
Na Alcova, o designer Maxim Scherbakov, fundador da Supaform, transformou o escritório da Villa Borsani, residência modernista de 1945 assinada pelo arquiteto Osvaldo Borsani, em um “laboratório escapista” com a coleção Mid-Century Journey, composta por mobiliários robustos que aproximam o vintage do futurismo sem a menor cerimônia.Já o brasileiro Leo Lague recorreu às galáxias para conceber Apollo, sua linha de peças inteiramente revestidas com folhas de prata compostas por cimento e massa acrílica, aplicadas manualmente num experimento que envolveu de 400 a 1,5 mil folhas por item.
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No SaloneSatellite, espécie de incubadora de novos talentos, designers emergentes, incluindo Kotaro Usugami, Filippo Andrighetto e Ntaiana Charalampous, também usaram aço e alumínio para inventar de tudo um pouco, de cadeiras a luminárias.