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A vila operária João Migliari, no distrito do Tatuapé, na zona Leste de São Paulo, passou a ser considerada patrimônio histórico e cultural da cidade de São Paulo após a conclusão do processo de tombamento, no início do mês. Com isso, as cinco casas restantes das 60 que originalmente compunham o local não poderão ser demolidas.
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A vila - composta por três fileiras de 20 sobrados cada - quase deixou de existir, há quatro anos, para a construção de um complexo de edifícios residenciais e comerciais. Com o início da demolição de um terço das casas, que ainda estavam em bom estado de conservação, os moradores do bairro e o arquiteto Lucas Chiconi, diretor de atuação regional do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-SP) pediram o tombamento ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultura (Conpresp).
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Enquanto o assunto ainda seria discutido pelo órgão, mais 35 moradias vieram abaixo, restando apenas as atuais. O restante só não desapareceu na época porque um dos inquilinos conseguiu na Justiça uma decisão provisória impedindo a destruição.
Agora, o Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria de Cultura definirá em documento o perímetro que fará parte do tombamento. Além da João Migliari, outras quatro vilas na cidade - Raphael Parente, Belém, Maria Parente Migliari e Pari - também foram beneficiadas com a decisão.
