Quando se fala em Rio de Janeiro, além dos pontos turísticos como Cristo Redentor e Pão de Açúcar, uma imagem que vem à mente é a do calçadão de Copacabana. O desenho da calçada, feita com pedras portuguesas pretas e brancas, é uma das marcas mais conhecidas da cidade. Mas qual a origem dele?
O desenho, que se tornou característico da orla desta praia e é identificado por brasileiros e turistas de diversas partes do mundo, foi baseado na criação do engenheiro Pinheiro Furtado para o largo do Rossio, em Lisboa, no início do século 19. Lá, o traçado em ondas representa o encontro das águas do rio Tejo com o oceano Atlântico e recebeu o nome de Mar Largo.
Com as sobras das pedras vindas de Portugal, o calçadão de Copacabana ganhou forma pelas mãos de 36 calceteiros portugueses enviados pela Câmara de Lisboa para sua construção, no início do século 20.
Décadas se passaram e a Avenida Atlântica precisou ser alargada, nos anos 1970. O paisagista Roberto Burle Marx realizou uma intervenção, modificando o desenho original - as ondas deixaram de ser perpendiculares ao tamanho da calçada e se tornaram paralelas ao mar, como se vê atualmente. No canteiro central, Marx optou por um mosaico geométrico utilizando basalto negro, vermelho e calcário branco. O paisagismo foi completado com árvores de grandes copas e palmeiras.
Após a remodelação da orla, o espaço foi tombado pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural, como "maior exemplo de obra de arte aplicada existente no mundo".