Edifício renascentista de 500 anos é transformado em apartamento moderno

Assinado pelo escritório de arquitetura ORA (Original Regional Architecture), o projeto foi feito depois que os empresários locais Petra Hanáková e Radek Techlovský compraram a casa em ruínas em 2016. O imóvel não estava sequer conectado à rede de esgoto da cidade, além de apresentar fundações danificadas e um telhado que necessitava de um extenso reparo.

Nos primeiros dois anos de reforma, os proprietários focaram em abrir uma cafeteria no térreo do edifício, com objetivo de criar um ponto de encontro para as pessoas da vizinhança. Em seguida, Haáková e Techloscký dedicaram suas forças na reforma do piso de cima, onde construíram um apartamento batizado de Masná 130.

Neste espaço, as características históricas do edifício foram mantidas, como suas vigas de madeira esculpidas, pisos originais e paredes de pedra em tom carmesim. Por outro lado, a residência apresenta referências contemporâneas e minimalistas, refletindo o amor dos proprietários por esses estilos. "Não queríamos criar um interior de 'museu' histórico, nem um showroom de design", afirman Hanáková e Techlovský. "Queríamos conectar organicamente as camadas históricas e contemporâneas”.

Este mix resultou em uma sala com conceito aberto e teto renascentista em madeira entalhada. Ainda, o quarto conta com paredes na cor creme e um pequeno pedaço do afresco original do teto, enquanto o banheiro apresenta cores frias, azulejos brancos e grandes espelhos, que conversam com detalhes lúdicos – como a banheira de formato irregular, pias curvas e azulejos com bordas arredondadas.

Móveis feitos sob medida também permeiam o espaço do apartamento. A cozinha, por exemplo, foi projetada como uma unidade independente ao se elevar acima do nível do piso, com pia, fogão e bancada ocupando o espaço central. A cabeceira da cama também tem características especiais: além de seu extenso tamanho, ela se conecta com o guarda-roupa.

"O objetivo foi preservar e revelar as origens históricas da casa", comentam os arquitetos da ORA. "O design do interior é conduzido como uma colagem de motivos. O mobiliário está inserido no espaço na forma de objetos separados que criam um distanciamento dos elementos históricos", completam.