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Arquitetura

Top 10: casas e palácios presidenciais

Conheça onde e como vivem os governantes

audima
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24/12/2012
audima

Os moradores vivem mudando, mas elas continuam lá – luxuosas, imponentes, majestosas, independentemente de quem ocupe suas dependências. Decisões que mudam os destinos do mundo são tomadas atrás de suas ornamentadas portas, embora ninguém esteja prestando muita atenção à riqueza de sua arquitetura e decoração. A seleção abaixo traz as dez mais belas residências presidenciais do planeta, da opulência georgiana da Casa Branca à maravilhosa simplicidade do Palácio da Alvorada, uma das obras de Oscar Niemeyer. Porque afinal, não só de política vivem os governantes desse mundo.

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1. Casa Branca, Washington, Estados Unidos

Embora tradições nacionais sejam valores supremos na decoração de qualquer palácio presidencial que se preze, existe espaço para inovações no mais famoso deles: a morada do chefe de Estado norte-americano, que pode ser personalizada por seus ocupantes – até certo ponto. Nada mais coerente para a nação do que coloca as liberdades individuais acima de qualquer princípio. O casal Obama, por exemplo, criou uma horta em meio ao jardim, de modo condizente com a campanha de acesso universal à alimentação saudável e orgânica propagada por Michelle. Seu esposo, por sua vez, deu novas caras à cozinha e a áreas sociais. A Sala Vermelha, retratada abaixo, é um de seus cômodos preferidos. O edifício foi construído entre 1792 e 1800 pelo arquiteto nascido na Irlanda James Hoban. Inúmeras reformas e extensões, por vontade ou necessidade, seguiram-se até 1963, durante o mandato de John F. Kennedy. Hoje, o complexo compreende a residência executiva, a Ala Oeste, o gabinete, a sala Roosevelt, a Ala Leste e o escritório executivo Eisenhower, onde estão as áreas de trabalho do presidente e do vice-presidente.

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2. Palácio do Eliseu, Paris, França

O Palácio do Eliseu foi projetado por Armand-Claude Mollet no início do século 18. Desde então, sua arquitetura foi muito modificada por Étienne-Louis Boullée, em 1773, e, principalmente, por Joseph-Eugène Lacroix, a partir de 1853, a mando de Napoleão III. Com uma história conturbada, repleta de vendas e ocupações, o edifício foi pela primeira vez a residência oficial da França no segundo reinado, durante o governo provisório de Luís XVIII. No entanto, a morada foi esvaziada em junho de 1940 e permaneceu sem habitantes durante a Segunda Guerra Mundial, voltando a ser ocupada apenas em 1946. Além do lar oficial, o chefe de Estado francês pode desfrutar de duas outras locações: o Château de Rambouillet, a sudeste de Paris; e o Forte de Brégançon, próximo de Marselha.

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3. Palácio da Alvorada, Brasília, Brasil

Às margens do lago Paranoá, o Palácio da Alvorada foi o primeiro edifício inaugurado na capital federal, em 30 de junho de 1958. Parte do plano piloto de Brasília, o projeto é de Oscar Niemeyer. Juscelino Kubitschek recusou o primeiro desenho feito pelo arquiteto, por uma suposta "falta de monumentalidade", e pediu que ele criasse um palácio que ainda fosse admirado depois de cem anos. Diferentemente do que ocorre em outros países, a área de trabalho do presidente não é unificada à sua residência. O gabinete presidencial fica no Palácio do Planalto. O lar, atualmente habitado por Dilma Rousseff, tem três pavimentos. No térreo, encontram-se os salões utilizados em eventos e solenidades. O subsolo, que, pela elevação do piso térreo, recebe ventilação natural e insolação e abriga um auditório para 30 pessoas, sala de jogos e cômodos serviçais. O andar superior guarda a ala privada, onde a decoração do Palácio da Alvorada reserva seus encantos em quatro suítes e salas íntimas.

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4. Casa Rosada, Buenos Aires, Argentina

Localizada em frente à Praça de Maio, a Casa Rosada é famosa por ter sido palco de importantes manifestações políticas e artísticas. Sua arquitetura foi projetada por Enrique Aberg e alterada por Francesco Tamburini. Quanto à coloração de suas paredes externas, há duas explicações. Uma delas conta que, na época de sua construção, as tintas mais comuns eram feitas à base de sangue de vaca, que resultava num pigmento rosado (muitas construções antigas têm a mesma cor no centro de Buenos Aires). Uma corrente local, entretanto, gosta de afirmar que o tom rosado do palácio é o resultado da mistura de vermelho e branco, cores dos dois maiores partidos políticos do país. A construção abriga também o Museu da Casa do Governo, que expõe materiais relacionados aos presidentes do país. O edifício já esteve presente em várias cenas de filmes, como as dos longas A História Oficial e Evita.

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5. Palácio do Quirinal, Roma, Itália

Em 1583, o papa Gregório XIII iniciou a construção de uma residência cristã longe do Vaticano, encarregando-se da obra o arquiteto Ottaviano Mascarino. O Palácio do Quirinal serviu de residência estival aos papas até 1870, quando Roma foi anexada pelo então Reino de Itália, e o local passou a ser a residência oficial do rei. Mais adiante na história, Giovanni Gronchi foi o primeiro presidente a viver no palácio, com o final do império e o início da república. Depois dele, muitos chefes de Estado italianos residiram no edifício, mas alguns apenas utilizaram-no como gabinete de trabalho. No palácio, há diversas coleções artísticas de tapetes, pinturas, esculturas, carruagens, relógios, móveis e porcelanas, muitas das quais chegaram de outras residências italianas, como é o caso do mobiliário pertencente ao Palazzo Ducale di Colorno. Além disso, pelas paredes, podem ser vistos afrescos que datam da origem da construção.

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6. Rashtrapati Bhavan, Nova Déli, Índia

Instalado em Raisina Hill, na região central de Nova Déli, a capital nacional, o Rashtrapati Bhavan, cuja tradução é literalmente “casa do presidente”, é uma construção da época em que a Índia fazia parte do Império Britânico. O complexo projetado pelo arquiteto britânico Edwin Landseer Lutyens, em 1912, serviu como residência para os vice-reis britânicos até 1950. A obra levou 17 anos para ser concluída e, no caminho, desapropriou duas vilas, Raisina e Malcha. Atualmente, o prédio é a maior residência de um chefe de Estado do mundo, com 340 quartos. Os jardins Mughal, conhecidos pela variedade de flores, são abertos ao público em fevereiro, todo ano.

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7. Palácio de Bellevue, Berlim, Alemanha

Como boa parte de Berlim, pouco resta da construção original do Bellevue, primeiramente erguido em 1791. Daquela época, só se conserva o salão de baile no piso superior, concebido pelo arquiteto Carl Gotthard Langhans. O interior do palácio foi remodelado várias vezes de acordo com as diferentes utilizações dadas ao edifício, que, além de servir como escritório e residência presidencial, já foi duas vezes museu, edifício de escritórios e cantina para pobres e, durante a Primeira Guerra Mundial, foi usado pelo comando militar supremo e pelo governo como uma espécie de centro de negociações com os Aliados. O edifício em estilo neoclássico fica na parte ocidental da capital alemã, próximo do Palácio do Reichstag e do Portal de Brandemburgo. O palácio recebeu o nome de Bellevue, que significa “bela vista” em francês, devido à visão do rio Spree que se tem dali. Curioso é o fato de poucos presidentes alemães terem optado por viver no local durante seus mandatos. Muitos deles reclamaram da má qualidade de sua reforma pós-bombardeio e incêndio.

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8. 10 Downing Street, Londres, Grã-Bretanha

Há mais de 300 anos, os primeiros-ministros britânicos residem atrás de uma pequena porta localizada no número 10 da rua Downing, no bairro londrino de Westminster. Por não possuir um título particular, o endereço é conhecido no país como Número 10. A enorme morada resulta da união de três construções: uma mansão com vista para o parque St. James (ao fundo); e duas outras menores (à frente). A atual fachada da construção, embora alterada, fazia parte de uma das casas menores, projetadas por sir George Downing, entre 1682 e 1684. Antes da unificação, o rei George II doou as propriedades para o governo inglês, em 1732. Por demanda de sir Robert Walpole, William Kent executou a reforma que transformou os lares independentes em uma morada única, com cerca de cem quartos. A residência oficial ocupa o terceiro andar, a cozinha fica no porão, e os outros pavimentos são reservados aos encargos profissionais do primeiro-ministro. Em termos de área verde, há um átrio interno e, nos fundos, um terraço que vê um jardim de 2 mil m².

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9. Bessastaðir, Álftanes, Islândia

De modo incomum, a sede do governo da Islândia não está localizada na capital federal, Reykjavík, mas numa cidade próxima, Álftanes. No século 13, a propriedade fazia parte da fazenda do escritor Snorri Sturluson. Depois de seu falecimento, o rei da Noruega confiscou o terreno, e, durante a Idade Média, o local foi utilizado pelos representantes estrangeiros do governo da Islândia. O edifício principal do complexo teve sua construção iniciada em 1761 e, em 1805, passou a abrigar a única escola secundária do país. Quarenta e um anos mais tarde, a escola se mudou para a capital. A propriedade pertenceu a outro escritor, Grímur Thomsen, e ao editor e parlamentarista Skúli Thoroddsen, até, em 1940, ser comprada por Sigurður Jónasson. No ano seguinte, este último detentor da casa a doou para o Estado, e então a construção passou a servir como residência do regente e, por fim, dos presidentes da Islândia.

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10. Palácio Nacional de Belém, Lisboa, Portugal

O palácio, que tinha jardins à beira do Tejo antes de o rio migrar sua margem, foi construído em 1559 pelo fidalgo dom Manuel de Portugal. No século 18, o monarca dom João V, que enriquecera com o ouro do Brasil, comprou a propriedade para o conde de Aveiras, que a alterou radicalmente. Entre as mudanças, foi adicionada uma escola de equitação, espaço que hoje abriga o Museu Nacional dos Coches. A partir do reinado de dom Luís I, o Palácio de Belém foi destinado a receber os visitantes oficiais. Em 1912, depois da proclamação da república, o local foi designado residência oficial do presidente. No entanto, os presidentes tinham de pagar uma taxa para ali morarem, sem a qual seriam acusados de gozar de privilégios atribuídos ao regime anterior. Durante o período de ditadura, chamado “Estado Novo”, a propriedade caiu no esquecimento, recuperando relevância apenas em 1974, após a Revolução dos Cravos. Com a vigência da atual constituição, de 1976, o palácio retomou sua condição de residência oficial do chefe de Estado. Mas, desde então, apenas o presidente Ramalho Eanes habitou permanentemente o palácio.

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