• Camila Santos
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Ao chegar em Seychelles - um arquipélago composto por 115 ilhas no Oceano Índico -, o jornalista Brendon Grimshaw se encantou com a paisagem. Apesar de estar de férias, o inglês encontrou no local a oportunidade que desejava para se aproximar da natureza e comprou a ilha de Moyenne, à época, praticamente inabitada. O local foi adquirido por 8 mil libras (atualmente, cerca de R$ 48 mil).

St Anne,  Moyenne,  Round,  Long and  Cerf Islands make up the St Anne Marine National Park.  The island on the horizon is Mahe which is not part if the St Anne Marine National Park. (Foto: Getty Images)

O local é conhecido por abrigar tartarugas e pela vegetação preservada (Foto: Getty Images)

Junto com um amigo, ao longo dos anos, o jornalista plantou cerca de 16 mil árvores e construiu 4,8 quilômetros de caminhos naturais. Além disso, eles levaram tartarugas gigantes à ilha, com a intenção de criar um lugar deslumbrante e preservar a diversidade da flora e da fauna.

Mesmo tendo recebido propostas tentadoras para vender a ilha de Moyenne, Grimshaw resistiu e formou um fundo permanente para proteger o destino. Após anos de dedicação, ele assinou um acordo com o Ministério do Meio Ambiente das Seychelles, em 2009, que transformou o lugar em Parque Nacional da Ilha de Moyenne.

Considerado o menor parque nacional do mundo, o destino mede apenas 400 metros de comprimento por 300 metros de largura. Por sua vez, o litoral da ilha tem menos de dois quilômetros e seu ponto mais alto eleva-se a apenas 61 metros acima do nível do mar.

Brendon Grimshaw faleceu em 2012, mas seu legado permanece. A Fundação Ilha de Moyenne é responsável por preservar as riquezas naturais da região. Atualmente, o local possui um pequeno museu dedicado à vida de Grimshaw, dois berçários para filhotes de tartarugas gigantes e um pequeno restaurante.