• 12/05/2017
  • Por Lígia Nogueira Fotos Divulgação
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“There’s a crack in everything. That’s how the light gets in”. O músico canadense Leonard Cohen (1934 – 2016), que não por acaso frequentou um retiro budista, canta em “Anthem”: “Em tudo há uma fissura. É por onde entra a luz”. Nem sempre as marcas do tempo precisam ser ignoradas ou apagadas. Pelo contrário; reconhecer a história e enaltecê-la, mesmo que isso inclua o sofrimento, pode nos tornar mais fortes.

Conheça o wabi-sabi, um conceito que pode mudar sua percepção da casa (Foto: Divulgação)

Paredes brutas e texturas se misturam neste ambiente em Tulum, no México (Foto: Divulgação)

Conheça o wabi-sabi, um conceito que pode mudar sua percepção da casa (Foto: Divulgação)

A valorização do artesanato local é o ponto forte deste quarto assinado pela butique belga Couleur Locale (Foto: Divulgação)

Valorizar a beleza nas coisas imperfeitas: o conceito de wabi-sabi remonta ao Japão do século XV e encontra sua base nos ideais do zen-budismo, que tem entre seus preceitos a aceitação da impermanência. A essência do wabi-sabi está persente em várias artes japonesas, como o ikebana (tipo de arranjo floral japonês), o jardim zen, o bonsai, a cerâmica e a cerimônia do chá.

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Conheça o wabi-sabi, um conceito que pode mudar sua percepção da casa (Foto: Divulgação)

Evidenciar as marcas do tempo foi um dos objetivos da atriz Bruna Linzmeyer ao decorar seu apartamento no Rio. Junto a flores secas e móveis desgastados, a parede da sala de estar exibe obras criadas e presenteadas por amigos (Foto: Julia Rodrigues)

Conheça o wabi-sabi, um conceito que pode mudar sua percepção da casa (Foto: Divulgação)

Nada como a simplicidade dos materiais rústicos em contraste com a cor branca (Foto: Divulgação)

Essa apreciação do despojamento é representada nos dias de hoje por meio de uma estética que valoriza o rústico, o imperfeito, o monocromático e o aspecto natural. O que está em questão é o processo, não o produto final. Esse conceito está intimamente ligado ao slow living, que busca desacelerar e se concentrar no que geralmente é deixado de lado.

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Conheça o wabi-sabi, um conceito que pode mudar sua percepção da casa (Foto: Divulgação)

Mix de texturas rústicas em um dos quartos do hotel Casa Cook, em Kos, na Grécia (Foto: Divulgação)

Conheça o wabi-sabi, um conceito que pode mudar sua percepção da casa (Foto: Divulgação)

Concreto, fibras naturais e tons terrosos compõem o living wabi-sabi do hotel Casa Cook, em Kos, na Grécia (Foto: Divulgação)

Uma mesa de madeira maciça e com pouco acabamento, uma tábua de cortar alimentos que vai adquirindo talhos mais profundos com o uso, flores secas reaproveitadas em novos arranjos simples e despretensiosos – são objetos que conservam as marcas do tempo e, à sua maneira, contam uma história.

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Conheça o wabi-sabi, um conceito que pode mudar sua percepção da casa (Foto: Divulgação)

Materiais naturais contrastam com a banheira vintage (Foto: Divulgação)

Conheça o wabi-sabi, um conceito que pode mudar sua percepção da casa (Foto: Divulgação)

Cerâmica reparada por meio da técnica do Kintsugi (Foto: Divulgação)

Quando os japoneses reparam objetos quebrados, eles enaltecem a área danificada preenchendo as fissuras com ouro. Eles acreditam que, quando algo sofre um dano e tem uma história, torna-se mais bonito. Essa arte tradicional de reparação da cerâmica quebrada com pó de ouro é conhecida como Kintsugi – o resultado é que as cerâmicas não são apenas reparadas, mas tornam-se ainda mais fortes do que eram originalmente.