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Em 2022, o hemisfério Norte enfrentou uma seca recorde, causada pela crise climática, de acordo com cientistas. Inclusive, um relatório da ONU de maio deste ano afirma que mais de 75% da população mundial estará à mercê das consequências da seca até 2050.

Esses episódios culminaram na diminuição do nível de água nos rios, o que causou a descoberta de alguns tesouros submersos da humanidade. Confira algumas das relíquias encontradas:

Espanha

Conheça as relíquias da humanidade reveladas pela seca no hemisfério Norte  (Foto:  Susana Vera/Reuters)

Conheça as relíquias da humanidade reveladas pela seca no hemisfério Norte (Foto: Susana Vera/Reuters)

No reservatório de Valdecanas, na região oeste da Espanha, onde o nível da represa chegou a apenas 28% de sua capacidade, foi encontrado um monumento de pedras datado de 5000 a.C.. A construção rochosa pré-histórica, formada por dezenas de pedras, tem o formato de um círculo e foi batizada de “dólmen de Guadalperal”, mas ficou conhecida como “Stonehenge espanhol”, fazendo referência ao monumento inglês.

Conheça as relíquias da humanidade reveladas pela seca no hemisfério Norte  (Foto:  Getty Images)

O vilarejo de Aceredo em Galiza (Foto: Getty Images)

Além disso, na comunidade espanhola de Galiza, próximo à fronteira com Portugal, surgiu das águas uma cidade-fantasma. Lá, ficava o povoado de Aceredo, que foi inundado pela construção da Barragem de Alto Lindoso.

Itália

Conheça as relíquias da humanidade reveladas pela seca no hemisfério Norte  (Foto:  Flavio Lo Scalzo/Reuters)

A retirada da bomba encontrada no Rio Pó, na Itália (Foto: Flavio Lo Scalzo/Reuters)

Neste ano, também foi removido do Rio Pó, na Itália, uma bomba não detonada da Segunda Guerra Mundial. Para retirá-la, pessoas que estavam próximas à cidade de Mântua precisaram ser evacuadas temporariamente. Ainda, no mesmo local, emergiu a barca Zibello, utilizada pelos alemães para transportar mantimentos, que naufragou em 1943.

República Tcheca e Alemanha

Conheça as relíquias da humanidade reveladas pela seca no hemisfério Norte  (Foto:  Getty Images)

As "pedras da fome" no Rio Elba (Foto: Getty Images)

Com a seca no Rio Elba, que nasce na República Tcheca e vai até a Alemanha, surgiram as chamadas “pedras da fome”. Populações que viveram entre o século 15 e 19 talharam mensagens nas rochas do leito do rio, que revelam o horror de períodos de fome, desencadeados pela escassez de água. Em uma dessas pedras, datada de 1616, está escrito: “se me vir, chore".

Sérvia

Conheça as relíquias da humanidade reveladas pela seca no hemisfério Norte  (Foto:  Fedja Grulovic/Reuters)

Uma das embarcações que estão submersas (Foto: Fedja Grulovic/Reuters)

O rio Danúbio também foi afetado pela seca e revelou os restos de mais de 20 navios nazistas, que naufragaram na década de 1940. Ele está localizado próximo à cidade de Prahovo, na Sérvia.

Iraque

Conheça as relíquias da humanidade reveladas pela seca no hemisfério Norte  (Foto:  Reprodução/Universidade de Freiburg e de Tü)

As ruínas da antiga cidade de Zakhiku (Foto: Reprodução/Universidade de Freiburg e de Tü)

A seca revelou as ruínas de uma cidade de 3400 anos no norte do Iraque. Ela está localizada às margens do Rio Tigre, na antiga Mesopotâmia, que corresponde ao Iraque e ao Kwait atualmente. A primeira aparição da cidade aconteceu em 2018, que retornou à superfície em 2022. Após escavações feitas pelos arqueólogos, foram encontrados um palácio e tábuas com a escrita cuneiforme. Por isso, há a suspeita de que o local seja a antiga Zakhiku, um importante centro comercial do Império Mitani, que comandou a região de 1.550 a 1.350 a.C.

China

Conheça as relíquias da humanidade reveladas pela seca no hemisfério Norte  (Foto:  Thomas Peter/Reuters)

As estátuas budistas encontradas no Rio Yangtzé, na China (Foto: Thomas Peter/Reuters)

Outra relíquia encontrada foram três estátuas budistas com cerca de 600 anos, construídas durante as dinastias Ming e Qing. Elas estavam em uma ilha submersa no Rio Yangtzé, na cidade de Chongqing, localizada no sudoeste da China. O índice de chuvas da bacia do rio chegou a ficar 45% mais baixo do que o normal, o que revelou as estátuas.

Estados Unidos

Conheça as relíquias da humanidade reveladas pela seca no hemisfério Norte  (Foto:  Reprodução/Parque Estadual Dinosaur Valley)

As pegadas de um acrocantossauro (Foto: Reprodução/Parque Estadual Dinosaur Valley)

Com a queda do nível das águas de um rio na região central do Estado do Texas, nos Estados Unidos, foram descobertas pegadas de um dinossauro que viveu há 113 milhões de anos. Elas estão localizadas no Parque Estadual Dinosaur Valley e são de um acrocantossauro, que tinham cerca de 4,5 metros de altura e 7 toneladas.