• Gabriela Fachin | Fotos: Getty Images
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Top view of some buildings in Sao Paulo, Brazil (Foto: Getty Images/iStockphoto)

Assim como a casa, o bairro precisa ser compatível com o perfil e as necessidades de cada morador (Foto: Getty Images/iStockphoto)

O bairro funciona quase como uma extensão da casa e suas características influenciam tanto o dia a dia quanto a qualidade de vida dos moradores. Para se ter uma ideia, a satisfação com a vizinhança é um dos principais fatores que as pessoas levam em conta ao pensar em mudar de casa, segundo o Censo QuintoAndar de Moradia, feito pela plataforma de imóveis em parceria com o instituto Datafolha.

Por isso, um dos passos mais importantes na hora de buscar uma casa, seja para compra ou aluguel, é analisar o que o bairro oferece. Segurança, disponibilidade de produtos, serviços e áreas de lazer, além de mobilidade são alguns pontos que o futuro morador pode avaliar – tudo depende do que é essencial para cada um.

Veja a seguir, três etapas para facilitar a pesquisa e escolher uma vizinhança que atenda as suas necessidades:

1. Antes da pesquisa, pense na sua rotina

Business woman with tablet and coffee at Paulista Avenue in Sao Paulo , Brazil (Foto: Getty Images)

Pensar em trabalho, estudos, transporte, hábitos de consumo e lazer no dia a dia ajuda a entender o que buscar em um bairro (Foto: Getty Images)

Refletir sobre o seu perfil, hábitos e preferências – assim como de quem vai morar com você, se for o caso – permite definir o que procurar em uma vizinhança. “Existem diversas formas de um bairro atender ou não às expectativas de quem procura pelo seu lar. Por isso, é preciso levar em conta o que a pessoa mais precisa e deseja. Tudo o que concerne ao estilo de vida deve ser considerado para que se possa aproveitar ao máximo a redondeza”, diz Thiago Reis, gerente de dados do QuintoAndar.

Então, a primeira etapa é fazer um exercício de avaliação da rotina. Cyro Naufel, diretor institucional da Lopes Consultoria de Imóveis, sugere algumas questões para ajudar nessa tarefa:

a) Frequentam escolas ou universidades?
b) Usam transporte público?
c) Tem alto consumo de produtos de farmácia, hortifrúti, supermercado etc.?
d) Tem alguma limitação de mobilidade?
e) Chegam tarde ou saem muito cedo?
f) Valorizam espaços verdes ou áreas urbanas próximos à residência?

“A resposta a cada uma dessas perguntas deve ser contemplada pela realidade do bairro. Vale analisar não apenas o que a região oferece atualmente, mas também potenciais melhorias, como ampliação do sistema viário e nova estação de metrô, por exemplo”, complementa.

O modelo de trabalho dos moradores também pode ser decisivo na escolha da vizinhança. Para aqueles que trabalham de forma remota ou híbrida, é importante verificar como é o movimento nas ruas e se existe muito barulho na região. Para quem se desloca todos os dias até o empregador, avaliar a facilidade de acesso e o trânsito nos horários de saída e chegada em casa faz toda a diferença.

2. Na hora da pesquisa online, cheque os itens da sua lista

Smiling woman using mobile phone while sitting in cafe. Young female with curly hair is looking at device screen in coffee shop. She is in casuals. (Foto: Getty Images)

Procure em mapas online, portais oficiais das prefeituras e sites de notícias informações sobre a região em que pretende morar (Foto: Getty Images)

Depois de entender suas necessidades em relação ao bairro, confirme se as opções de vizinhanças que você tem em mente estão de acordo com elas. Para isso, mapas online, como o Google Maps e sites da prefeitura podem ser fontes de informação.

“O morador deve se informar sobre os pontos que fazem sentido para ele e sua família. Por exemplo, verificar a presença de escolas ou creches, de supermercados e padarias, de estações de metrô e até mesmo de estabelecimentos que possam causar algum desconforto ou barulho”, orienta Naufel.

Além de checar os pontos na lista de prioridades, é importante estudar o histórico e qual é o custo de vida na região. Uma opção de fonte para esses dados são os portais de notícias. “A pessoa também pode consultar guias especializados, portais de conteúdo como o MeuLugar, da plataforma de moradia QuintoAndar, e levantamentos sobre as tendências do mercado imobiliário, que mostram a valorização e o preço dos bairros”, complementa Reis.

3. Faça uma visita para confirmar os dados

Photo of young man walking at crosswalk on a street. (Foto: Getty Images)

Planejar uma visita à vizinhança é essencial para checar sua pesquisa e conversar com moradores (Foto: Getty Images)

A melhor forma de saber se as informações que você reuniu na internet estão corretas é visitar o bairro. Além de confirmar se o que foi pesquisado corresponde à realidade, observe se houve alguma mudança recente. Por exemplo, o sentido de circulação de uma rua foi alterado e está causando trânsito? Ou algum estabelecimento que é essencial para sua rotina fechou?

“É sempre importante analisar se as ruas são mais movimentadas ou mais silenciosas, dependendo do que se procura, e se existem muitas obras na região”, indica o gerente de dados do QuintoAndar. Outra dica é visitar a região em horários diferentes, para entender se o perfil do bairro muda conforme o período do dia.

Apesar de esses exercícios revelarem muita coisa sobre um endereço, eles não dispensam uma conversa com os moradores. “Vale perguntar aos vizinhos o que acham da região e quais os pontos positivos e de atenção em sua opinião”, sugere o diretor institucional da Lopes.

Concluídas as três etapas da pesquisa, a decisão sobre qual bairro é o melhor para você deve ficar muito mais clara. A fase seguinte é encontrar o imóvel que será seu próximo lar!