• 07/10/2020
  • Redação | Fotos: Eyerise / Divulgação
Atualizado em
Obra de Oscar Niemeyer é inaugurada postumamente na Alemanha  (Foto: Eyerise / Divulgação)

Leipzig, na Alemanha, é o mais novo local a ter uma obra assinada por Oscar Niemeyer! Um dos últimos trabalhos concebidos pelo arquiteto, a "Esfera Niemeyer" foi inaugurada em uma fábrica do século XIX, usada pela empresa Kirow, do ramo ferroviário. A construção foi finalizada em junho, e, devido à pandemia, o evento de abertura para o público foi realizado virtualmente nesta semana pela empresa Eyerise, que desenvolveu os vidros utilizados no projeto. Feita de concreto branco, a esfera tem 12 metros de diâmetro e abriga um restaurante e um bar para os funcionários do local. Segundo Ludwig Koehne, a ideia de desenhar uma obra que beneficiasse os trabalhadores agradou muito Niemeyer, assim como o contraste entre a construção esférica futurista e a fábrica de tijolos antiga.

Obra de Oscar Niemeyer é inaugurada postumamente na Alemanha  (Foto: Eyerise / Divulgação)

Ludwig Koehne propôs a Niemeyer a ideia de reformar a cantina de sua fábrica na Alemanha em 2011. O mestre da arquitetura brasileira concordou, mas o projeto teve de ser finalizado por seu assistente Jair Valera e executado pelo Harald Kern Architects, após a morte de Niemeyer em 2012.

Obra de Oscar Niemeyer é inaugurada postumamente na Alemanha  (Foto: Eyerise / Divulgação)

Ao projeto original do arquiteto brasileiro, foram acrescentadas tecnologias para tornar o design mais sustentável. É o caso das 144 peças de vidro triangulares incorporadas na esfera, que foram desenvolvidas pela Eyerise para regularem naturalmente a temperatura no interior do prédio. As peças de vidro utilizam a tecnologia de cristal líquido da marca, fazendo com que sejam capazes de iluminar ou ofuscar o interior da construção instantaneamente, diminuindo o consumo de energia no local.

Obra de Oscar Niemeyer é inaugurada postumamente na Alemanha  (Foto: Eyerise / Divulgação)

A "Esfera Niemeyer" começou a ser construída em 2017. A ideia era de que fosse finalizada um ano depois, mas justamente a fabricação dos painéis de vidro demorou mais do que o previsto. Para Koehne, o resultado final teria agradado ao mestre da arquitetura modernista brasileira, que sempre esteve aberto ao uso de novas tecnologias.