• 21/04/2015
  • Por Juliana Nakamura; fotos Paulo Catrica / Divulgação
Atualizado em
Arquitetura E C House (Foto: Paulo Catrica / Divulgação)

O desejo de preservar uma ruína foi o ponto de partida para o projeto dessa casa de veraneio na Ilha do Pico, nos Açores. A intenção foi criar uma residência que atendesse às necessidades do casal proprietário, mas que ao mesmo tempo valorizasse os muros de basalto que estavam abandonados no local, conectando-se a eles. Também era importante que o projeto garantisse o melhor aproveitamento possível da vista, uma das mais espetaculares de Portugal.

O projeto desenvolvido pelos arquitetos Inês Vieira da Silva e Miguel Vieira, do Sami Arquitectos, previu uma construção de 213 m², com dois pavimentos, implantada dentro dos limites das ruínas existentes.

Arquitetura E C House (Foto: Paulo Catrica / Divulgação)

Em função do grande declive do terreno, os arquitetos desenharam a cobertura como se fosse um deque, permitindo a sua utilização como espaços de contemplação. A construção, com estrutura de concreto aparente, foi concebida também com vãos e aberturas generosos, para favorecer a entrada de luz e o aproveitamento da vista. Em alguns pontos, os muros de pedra emolduram a paisagem. Em outros, compõem o cenário rústico e idílico.

Arquitetura E C House (Foto: Paulo Catrica / Divulgação)

No piso inferior foram alocados quatro quartos, todos eles com paredes forradas de madeira e piso cimentício. Subindo as escadas, chega-se ao andar superior onde há uma sala de estar. Nesse ambiente, o teto é inclinado, acompanhando a forma do telhado. Outro ponto focal deste espaço é a estante de madeira que cobre toda a parede triangular, envolvendo a porta-janela.

A cozinha e a sala de jantar também ocupam parte desse pavimento. Armários de madeira oferecem opção de armazenamento em uma extremidade do espaço, enquanto do outro lado, portas de vidro deslizantes dão acesso a terraços e à paisagem.

Arquitetura E C House (Foto: Paulo Catrica / Divulgação)



A distribuição pouco convencional dos ambientes permitiu que, nas áreas sociais, se enxergasse o horizonte do Oceano Atlântico, enquanto os quartos, mais reservados, ganharam acesso a um pequeno jardim circundado pela ruína.

Em contraste com o exterior rústico, os interiores da casa na Ilha do Pico são contemporâneos e minimalistas, com marcenaria em madeira clara, paredes brancas e mobiliário de design escandinavo. Por esse trabalho, Inês e Miguel foram indicados para o Mies Van Der Rohe Award 2015, importante premiação de arquitetura contemporânea na Europa.

Arquitetura E C House (Foto: Paulo Catrica / Divulgação)
Arquitetura E C House (Foto: Paulo Catrica / Divulgação)
Arquitetura E C House (Foto: Paulo Catrica / Divulgação)
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Arquitetura E C House (Foto: Paulo Catrica / Divulgação)
Arquitetura E C House (Foto: Paulo Catrica / Divulgação)
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Arquitetura E C House (Foto: Paulo Catrica / Divulgação)
Arquitetura E C House (Foto: Paulo Catrica / Divulgação)
Arquitetura E C House (Foto: Paulo Catrica / Divulgação)
Arquitetura E C House (Foto: Paulo Catrica / Divulgação)
Arquitetura E C House (Foto: Paulo Catrica / Divulgação)
Arquitetura E C House (Foto: Paulo Catrica / Divulgação)
Arquitetura E C House (Foto: Paulo Catrica / Divulgação)
Arquitetura E C House (Foto: Paulo Catrica / Divulgação)
Arquitetura E C House (Foto: Paulo Catrica / Divulgação)