• 10/01/2014
  • Por Mariana Kindle; Fotos Cristobal Palma
Atualizado em
  (Foto: Cristobal Palma)

O Hava�� é um lugar inebriante, com suas praias belíssimas. É lá que vive Robert Stroj, designer europeu especializado na criação de pranchas de Windsurf. Para fazer o projeto da morada que abrigaria a sua família, ele contratou o escritório eslovaco Dekleva Gregorič Arhitekti. A principio, os arquitetos sentiram-se desnorteados com o desafio, pois costumavam erguer casas apenas em densos cenários urbanos. No entanto, bastou uma visita a Maui para as premissas de projeto ficarem claras.

A primeira coisa que se definiu foi a necessidade de voltar todos os cômodos para o mar. Outro ponto importante foi o desenvolvimento de um projeto que pudesse resistir ao clima intenso da região, caracterizado pela vasta insolação e pelos fortes ventos – que garantem aos surfistas as ondas incríveis que escalam. A solução foi a criação de quatro blocos independentes em forma de "U" - encobertos por um grande telhado que funciona também como deck de observação.

  (Foto: Cristobal Palma)

Cada um destes elementos independentes tem uma função específica: um acomoda a suíte do casal; outro a suíte dos filhos; outro a suíte dos hóspedes; e, o último, o escritório. O espaço social da casa acomoda-se entre estas "caixas". Assim, a casa de 263 m² não tem corredores em seu interior. A circulação se dá de modo mais livre entre os ambientes de generosas dimensões. A cozinha e a sala de jantar são o centro da casa, pois para o casal a culinária é mais que um afazer doméstico, é uma paixão.

Um dos destaques do projeto é a boa ventilação. Ainda que o clima de Maui seja marcado pelas altas temperaturas, os moradores desta casa podem dispensar o uso de ar condicionado. O desenho da cobertura é o principal agente responsável pelo fato. Embora a casa tenha 263 m², o grande telhado de madeira cobre 450 m², gerando uma área sombreada em torno da residência, o que ajuda a manter o interior fresco. Além disso, o posicionamento da cobertura estabelece um bom caminho para os ventos da região.

Empregaram-se materiais locais na construção, para promover uma obra sustentável. A mesma madeira foi utilizada em todos os locais: na cobertura, no piso, no teto e nas varandas. O único material incomum presente neste projeto – para os padrões locais – são os tijolos de cimento, que refletem as origens européia dos moradores e dos arquitetos.

  (Foto: Cristobal Palma)
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