Erguida em 1951, esta casa suíça ao longo dos anos havia se tornado um Frankenstein. Foram tantas as extensões, as conversões e renovações que ficou difícil enxergar traços do projeto original. Assim, quando os novos proprietários adquiriram o imóvel, contrataram os serviços do escritório local Haberstroh Schneider Architekten para transformar aquilo que parecia ser mil casas em um lar. A solução foi despir a casa antes de mais nada.
A construção original foi resgatada. Então, foram dados os novos passos. Adições foram feitas, desta vez de modo respeitoso. Apareceram junto à fachada oeste da casa um corredor biblioteca e um pequeno escritório. Sobre a garagem, construiu-se um espaço para abrigar o quarto de hóspedes e o banheiro. Já na área externa, uma piscina passou a compor o cenário, acompanhada por um espaço de convívio semi-aberto.
Entre o edifício existente e os novos pavilhões, os arquitetos projetaram um pequeno pátio descoberto, com grama no solo e algumas pedras que determinam o caminho para quem quer se deslocar entre as alas. "Queríamos que esta área, mesmo sendo reduzida, fosse um espaço de contemplação, onde fosse necessário reduzir a velocidade dos passos, onde não fosse possível um cruzamento acelerado", explica um dos arquitetos.
A organização dos ambientes internos da casa original permaneceu intocada. Por ali, a única mudança drástica foi pintar o átrio da escada de verde escuro. "Quisemos dar destaque à escada com seu desenho elegante, por isso escolhemos esta cor, que contrasta com a alvura do resto da casa", conta. "O verde escuro sempre esteve presente nas paredes das residências históricas, ricas e importantes", aponta.
Do lado de fora, o novo e o velho diferenciam-se pela cor. Enquanto a casa antiga tem acabamento cinza, as extensões têm paredes brancas.
