A Great Wall Motors (GWM) tem planos ambiciosos para o Brasil. A compra da fábrica que era da Mercedes-Benz em Iracemápolis, interior de São Paulo, é uma das provas disso. A outra está nos lançamentos de Haval H6, Haval H6 GT e Ora 03. O SUV médio é um concorrente forte frente a Toyota e tem roubado clientes de Corolla Cross e RAV4.
O Haval H6 é vendido em duas carrocerias no Brasil. Uma de SUV convencional, com versões híbridas convencional (HEV) e plug-in (PHEV), e outra cupê, que é vendida em configuração única GT também plug-in (que vai à tomada). Os preços variam entre R$ 214 mil e R$ 315 mil.
Autoesporte testa atualmente um Haval H6 PHEV de carroceria convencional, que a fabricante chama de Premium. Já contamos sobre espaço interno, câmeras, portas USB e outros pontos positivos e negativos do SUV em outro artigo, e prestes a completar três meses por aqui, vamos citar cinco novos pontos em que acertou e cinco que pode melhorar.
5 acertos do Haval H6 Premium PHEV
- Carro não anda plugado na tomada
Na hora de carregar, uma grata surpresa: o Haval H6 tem tomada com pino três pontos para carga residencial. Uma pena que os pinos não sejam finos. Nesse caso, apenas conectores específicos é que vão comportar a espessura do plugue. No entanto, a boa notícia é que ao conectar na tomada o veículo não anda mais. Na verdade, nem partida ele dá, e logo aparece um aviso no painel de instrumentos que é necessário desconectar o veículo do carregador para o mesmo andar. Bloqueio de segurança que pode evitar grandes problemas.
- Sistema de segurança diferencia veículos
O painel de instrumentos exibe uma miniatura do Haval H6 e todos os veículos que estão próximos a ele na via. Curioso é que a tecnologia é avançada ao ponto de identificar e replicar o cenário real diferenciando motos, carros, caminhões e ônibus, na tela. Além de emitir alerta visual, traz o sonoro, tanto para dianteira, lateral ou traseira do veículo.
- Ponto cego funciona com carro desligado
Alerta de ponto cego é preciso e auxiliado pelo painel de instrumentos, com a tecnologia explicada acima. Mas o que mais chamou atenção é sua funcionalidade com o carro desligado. Se você acionar a maçaneta interna para abertura da porta com um carro trafegando próximo ao Haval H6, ele vai piscar a luz de ponto cego no retrovisor para alertar que há um veículo na via.
- Teto solar fecha sozinho na estrada
Ao atingir 100 km/h com o teto solar elétrico do Haval H6 acionado, o SUV logo tratou de recolher a folha de vidro e lacrar o veículo. Esse tipo de acionamento é mais seguro, já que o fechamento do teto não responde a um simples toque. Ou seja, na velocidade indicada acima não existe a possibilidade de tirar uma das mãos do volante, e o modelo cumpriu seu papel antecipando a ação dos ocupantes e acabando com o ruído interno. Uma pena que, em uma segunda tentativa, ele não respondeu da mesma forma e se manteve aberto.
- Visual para o Brasil
O Haval H6 chegou como já conhecemos ao Brasil. Mas antes de estrear a montadora teve o cuidado de trocar a cor do logotipo. Nas primeiras aparições do SUV em nosso território, a assinatura “HAVAL” na grade dianteira ainda tinha fundo azul claro, que não agrada muito os olhos. Ele foi substituído pela cor preta justamente para ser vendido aqui.
5 vacilos do Haval H6 Premium PHEV
- Sem regulagem do cinto
Coluna de direção tem ajuste de altura e profundidade, banco do motorista tem controle elétrico para regulagem milimétrica, mas o cinto de segurança é fixo. Veículos mais baratos, abaixo dos R$ 100 mil, por exemplo, já oferecem regulagem de altura do cinto de segurança. Parece um acionamento bobo, mas ele pode regular o cinto de segurança fora do pescoço de motorista e passageiros e evitar maiores problemas em acidentes.
- Central sem botões físicos
A multimídia tem tela de alta qualidade, conexão simples e sem fio para Apple CarPlay, além de ser intuitiva para mexer. Uma pena não ter botões físicos. Por mais que esse tipo de acionamento pareça dos tempos de Incas e Astecas, ajuda bastante para controlar rapidamente volume, estação de rádio e outras funcionalidades.
O motorista até tem controle para passar música e controlar o volume via volante multifuncional. Mas clicar e segurar os botões não funciona para acelerar o processo. O condutor tem que apertar várias vezes os botões para encontrar o volume ideal.
- Ruído da “seta”
O ruído da “seta” (ou luz indicadora de direção) é emulado dentro da cabine. O problema é que o volume é alto e o som do alerta não é dos mais agradáveis. Usando o veículo por algumas horas, o sistema acaba irritando um pouco. Até procurei nas configurações da multimídia uma função para retirar o alerta sonoro, mas não encontrei.
- Retrovisor pequeno e pontos cegos
O Haval H6 tem dimensões generosas e retrovisores externos maiores seriam bem-vindos. Trocar de faixa gera um pouco de incerteza por receio de motos estarem escondidas em pontos cegos. Falando nisso, as colunas A, B e C mais largas prejudicam o campo de visão do motorista no dia a dia.
- Modos de condução na multimídia
Sair do asfalto e pegar uma trilha requer uma pausa. Não há um seletor simples para trocar os modos de condução ou tração do H6. É necessário parar o veículo e mexer na multimídia para trocar a operação do conjunto motriz.
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